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Vídeo | Lula-colossal, invertebrado mais pesado do mundo, é flagrada pela 1ª vez

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Schmidt Ocean Institute
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Uma equipe internacional de cientistas, numa expedição que juntou algumas das principais instituições de pesquisa oceânica, conseguiu gravar as primeiras imagens da lula-colossal, o maior invertebrado do mundo em termos de peso. O espécime, uma lula juvenil de apenas 30 cm de comprimento, estava a 600 metros de profundidade e foi filmada pelo veículo operado remotamente (ROV) SuBastian, do Instituto Oceânico Schmidt.

Os pesquisadores observaram a gravação da lula em tempo real a bordo do navio de pesquisa Falkor (too), em 9 de março, numa expedição às Ilhas Sandwich do Sul, no Oceano Atlântico. Mais cedo este ano, em 25 de janeiro, uma equipe na expedição anterior do mesmo navio fez a primeira filmagem da lula-vítrea-glacial, próximo à Antártida. As descobertas foram divulgadas na última terça-feira (15).

A lula-colossal e seus mistérios

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Em uma coincidência interessante, 2025 marca o aniversário de 100 anos da identificação e nomeação científica da lula-colossal, que ganhou o nome de Mesonychoteuthis hamiltoni e foi classificada como uma lula vítrea (família Cranchiidae). A lula-vítrea-glacial (Galiteuthis glacialis) pertence à mesma família e também nunca havia sido vista viva em seu habitat natural.

Durando 35 dias, a expedição foi uma união entre o Instituto Oceânico Schmidt, o Censo Oceânico Nippon Foundation-Nekton e o GoSouth, um projeto da Universidade de Plymouth junto ao Centro Helmholtz para Pesquisa Oceânica e a Pesquisa Antártica Britânica. Antes dela, só havíamos encontrado restos das lulas-colossais em estômagos de baleias e aves marinhas e sinais de sua predação em peixes.

Estima-se que a espécie atinja até sete metros de comprimento e pese até 500 kg. Pouco se sabe sobre seu ciclo de vida, mas os cientistas já descobriram que, quando se tornam adultas, perdem o aspecto transparente da juventude. Uma das características que identificou o espécime atual foi a presença de ganchos no centro dos oito braços.

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Fonte: Schmidt Ocean Institute