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Vida selvagem na Terra foi reduzida em dois terços em 50 anos, aponta pesquisa

Por| 11 de Setembro de 2020 às 20h00

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Reprodução: bearfotos/Freepik
Reprodução: bearfotos/Freepik

A população global de animais, pássaros e peixes foi reduzida em mais de dois terços ao longo de menos de 50 anos, segundo estudo publicado na última quinta-feira (10), devido ao aumento excessivo da atividade humana. De acordo com a pesquisa, 40% do oceano foi degradado, emitindo um alerta sobre as futuras consequências enfrentadas pelo nosso planeta.

A pesquisa faz parte do relatório bienal Living Planet Index, que faz o rastreio de mais de quatro mil espécies de vertebrados, neste ano, em sua 13ª edição, contando com a colaboração entre a WWF International e a Zoological Society of London. A iniciativa apontou que o aumento do desmatamento, junto à expansão do setor agrícola, foi o fator responsável pelo declínio médio de 68% das populações entre os anos de 1970 e 2016.

Com o aumento contínuo dessa perda de habitat, segundo o estudo, o mundo fica vulnerável a passar por novos períodos de pandemias, pois também cresce o contato com animais selvagens. "É uma queda acelerada que nós estamos monitorando por 30 anos e que continua indo na direção errada, conta Marco Lambertini, diretor geral da WWF. "Em 2016 documentamos um declínio de 60%, agora temos um declínio de 70%", completa. Desde 1970, somente na América Central e do Sul, a redução de espécies foi de 94%

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Lambertini ressalta ainda que esse período é como um piscar de olhos em comparação com os milhões de anos de existência de muitas espécies que ainda pisam na Terra. A WWF diz também que estamos usando mais da metade da capacidade do planeta e que muito vem da transformação de florestas em fazendas ou pastagens, o que faz com que a vida selvagem perca suas casas. Inclusive, três quartos de toda a água fresca no planeta é dedicada à produção de comida.

O que fazer?

Para tentar amenizar esse futuro, o estudo sugere a redução do desperdício de alimentos, que seria possível com a adaptação para uma dieta mais saudável e amigável ao meio ambiente. Essas medidas podem ajudar a prevenir a perda de dois terços da biodiversidade.

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"Precisamos agir agora. As taxas de recuperação da biodiversidade são tipicamente mais lentas do que as recentes perdas", diz David Leclere, principal autor do estudo e pesquisador, alertando ainda que muitas das perdas serão irreversíveis. "Ainda temos o dever moral de coexistir com a vida no planeta, mas agora há um novo elemento de impacto em nossa sociedade, economia e, claro, nossa saúde", finaliza o pesquisador.


 

Fonte: Phys.org