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Restos de criaturas no fundo do mar podem influenciar terremoto na Nova Zelândia

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Imagem: Skitterphoto/Pixabay
Imagem: Skitterphoto/Pixabay

Localizada no encontro entre duas placas tectônicas, a Nova Zelândia é um país que está sujeito a terremotos e tsunamis. O que não se sabia é que os restos de criaturas marinhas acumulados no fundo do oceano podem influenciar a magnitude do próximo evento sísmico na região.

Depósitos de um mineral chamado calcita no fundo do oceano foram descobertos por pesquisadores da Victoria University of Wellington. Esse mineral é resquício de microrganismos marinhos de dezenas de milhões de anos atrás, e a forma com que ele vai se comportar em um terremoto vai impactar diretamente em sua intensidade.

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O ponto chave da questão é se a calcita será capaz de se dissolver. No caso positivo, o movimento entre as placas será mais suave, gerando um terremoto de menor intensidade. Porém, se isso não acontecer, o movimento entre as placas pode ser bloqueado e a energia acumulada ser liberada em um abalo muito maior.

Como a calcita deve se comportar

A calcita se dissolve mais facilmente em temperaturas relativamente baixas, como a temperatura ambiente. Porém, na falha tectônica em que o mineral se encontra, a temperatura aumenta cerca de 10ºC a cada quilômetro de profundidade. As formações de calcita mais profundas são as que mais podem não se dissolver.

Outro peça do enigma é a própria quantidade deste material. A falha tectônica em questão, na zona de subduccção de Hikurangi, é de difícil acesso e portanto nunca foi estudada como outras na região.

Qual o risco de um terremoto na Nova Zelândia?

Geólogos afirmam que há uma chance de 26% de um grande terremoto acontecer nesta região dentro dos próximos 50 anos, com intensidade o suficiente para causar também um forte tsunami. Mas além de haver pouco estudo sobre a zona de Hikurangi, o registro de terremotos nesta área é falho, dificultando as previsões.

Seja como for, o que surpreende os cientistas é como seres tão minúsculos, e que viveram há tanto tempo, podem ter um impacto em algo tão grande como duas placas tectônicas.

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Fonte: Lithos Via: Science Alert