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ONU emite alerta vermelho para calor: "à beira do abismo"

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Março de 2024 às 14h07

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Mikhail Nilov/Pexels
Mikhail Nilov/Pexels

Em 2023, o mundo quebrou recordes de alta temperatura. Mas não há motivos para ficar tranquilo. Na última terça-feira (19), a Organização Meteorológica Mundial, agência meteorológica da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu alerta vermelho e apontou que a situação do calor pode ser ainda pior em 2024.

Uma das principais preocupações da agência é que nunca estivemos tão perto do limite inferior de 1,5°C do Acordo de Paris — um tratado internacional sobre mudanças climáticas feito para limitar o aumento da temperatura global média a menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, com esforços para limitá-lo a 1,5°C, a fim de evitar os piores cenários.

O relatório também confirma que 2023 foi o mais quente desde que os registos meteorológicos tiveram início, 174 anos atrás. 

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De acordo com o relatório, ondas de calor, inundações, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais que se intensificaram rapidamente causaram graves consquências e mudaram a vida cotidiana de milhões de pessoas, causando perdas econômicas.

“As alterações climáticas envolvem muito mais do que temperaturas. O que testemunhamos em 2023, especialmente com o calor sem precedentes dos oceanos, o recuo dos glaciares e a perda de gelo marinho na Antártida, é motivo de particular preocupação. A comunidade da OMM soa o Alerta Vermelho ao mundo", anunciou a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

2023 quebrou recordes (e não é bom)

O ano de 2023 foi o mais quente nos último 100 mil anos, conforme um relatório sobre o clima do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia. O recorde anterior pertencia a 2016, mas de lá para cá, a temperatura média do planeta aumentou  0,17 ºC, atingindo 14,98 ºC.

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Em maio de 2023, o oceano bateu recorde de temperatura, ultrapassando em 0,25 ºC a média do mesmo mês, referente ao período entre 1991 e 2020. A alta temperatura nos oceanos também é uma das maiores preocupações para os cientistas, já que representa uma ameaça significativa para os ecossistemas marinhos.

Segundo o relatório da OMM, no final de 2023, mais de 90% do oceano tinha sofrido ondas de calor em algum momento do ano.

Derretimento glacial

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A perda de gelo impulsionada pelo derretimento extremo em locais como América do Norte e Europa Sob também teve espaço no alerta da OMM.

A agência lamenta que a extensão do gelo marinho na Antártida foi de longe a mais baixa já registada, com a extensão máxima chegando  a 1 milhão de quilômetros quadrados abaixo do ano recorde anterior.

Celeste Saulo conclui que a crise climática é o grande desafio para a humanidade atualmente, assim como a desigualdade. A situação do calor no mundo pode ser cada vez mais catastrófica.

Fonte: Organização Meteorológica Mundial, Organização das Nações Unidas