O que é índice pluviométrico e como ele mede milímetros de chuva?
Por Rodilei Morais | Editado por Patricia Gnipper | 22 de Fevereiro de 2023 às 14h10
No dia a dia, é comum falarmos sobre a intensidade de uma chuva apenas como “forte” ou “fraca”, ou ainda dizer se ela foi uma garoa ou uma tempestade. Além de termos como esse não serem nada precisos, as questões de duração da precipitação e sua distribuição geográfica também são importantes para saber o quanto de água caiu, de fato, do céu.
Cientistas e autoridades são capazes de determinar esse valor — chamado índice pluviométrico — através de estações meteorológicas distribuídas ao longo do território. O índice pluviométrico é medido por um aparelho chamado pluviômetro: um funil de captação que coleta a água e emite sinais conforme seu volume é preenchido.
A medida do pluviômetro é feita em milímetros (mm) de chuva. Quando se diz que, por exemplo, choveu 10 mm em um dia em determinada região, isso significa que uma caixa de 1 metro quadrado de base colocada ali seria preenchida com água até uma altura de 10 mm. Se o conceito ainda é abstrato, basta pensar que 1 mm de altura em área de 1 metro por 1 metro é igual a 1 litro.
Quantos milímetros é muita chuva?
Não existe uma única classificação para a intensidade de chuva diária. Vários municípios no Brasil, porém, adotam as seguintes medidas:
- Chuva fraca: abaixo de 5,0 mm/h
- Chuva moderada: entre 5,0 e 25 mm/h
- Chuva forte: entre 25,1 e 50 mm/h
- Chuva muito forte: acima de 50,0 mm/h
Além disso, é possível construir, com os dados das estações meteorológicas, gráficos chamados climogramas, que apresentam as médias mensais de precipitação. O climograma abaixo, por exemplo, mostra em suas barras a chuva média a cada mês na cidade de São Paulo, a partir de dados da estação do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
Cada região no país e no mundo tem seu próprio regime de chuvas e seu climograma. Séries históricas como estas e as medições diárias a partir dos pluviômetros são importantes para o controle dos recursos hídricos, em termos de abastecimento de água para a população e também para minimizar a incidência e o impacto de desastres como inundações e deslizamentos de terra decorrentes de chuvas intensas.