Novo tremor de terra é registrado na Bahia; estado teve 19 em fevereiro
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela | •

No último domingo (3), pesquisadores do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis UFRN) identificaram um novo tremor de terra de magnitude 2,1 graus na Escala Richter. O abalo sísmico ocorreu na cidade de Jaguarari, no estado da Bahia, às 13h04.
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Este é o primeiro tremor registrado na Bahia no mês de março. Durante fevereiro, o laboratório da UFRN detectou 19 abalos sísmicos no estado, sendo que quatro ocorreram em Jaguarari. Todos os tremores foram classificados como de baixa magnitude e não provocaram danos à população local.
Tremor de terra na Bahia
O abalo sísmico mais recente da Bahia foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), coordenadas pelo Observatório Nacional (ON). Posteriormente, foi analisado pela equipe de sismólogos da UFRN.
A ausência de estragos é comum em tremores de baixa magnitude, como este. “Até o momento, não há relatos de que o tremor tenha sido sentido pela população”, detalha o ON, em nota.
Mais abalos sísmicos
Em relação aos outros tremores observados na Bahia no mês passado, todos também foram classificados como de baixa magnitude. O “mais intenso” ocorreu no município de Amargosa, no dia 11, e teve magnitude calculada em 3 graus na Escala Richter.
“Tremores de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil, sobretudo na Região Nordeste. Em geral, esses sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre”, destaca o ON, sem serem percebidos pela população e não representam riscos.
Terremotos destrutivos?
Se os terremotos observados na Bahia têm baixo ou nenhum risco de destruição, quando os terremotos podem ser destrutivos? Para o Canaltech, a equipe do ON explicou que "não é possível definir uma magnitude precisa a partir da qual é possível sentir o tremor, isso vai depender da profundidade — quanto mais 'raso' maior a probabilidade de sentir o tremor —, da localização do epicentro, entre outros fatores".
"Já houve casos de pessoas sentirem tremores com magnitudes próximas a 2 na Escala Richter, por exemplo, e não sentirem terremotos de magnitude 6 na Escala Richter, devido à profundidade do sismo", acrescentam os especialistas.
Vale destacar o caso de janeiro deste ano, no Amazonas. Um terremoto com magnitude de 6,6 na escala Richter não foi sentido pelos moradores locais.