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Lego: novo material mais sustentável tem maior pegada de carbono

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Outubro de 2023 às 09h18

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Joaquincorbalan/Envato
Joaquincorbalan/Envato

Encontrar saídas para a redução da pegada de carbono dentro das empresas não é uma tarefa simples. Nesse caminho, às vezes, grandes apostas podem falhar. Este é o caso da empresa dinamarquesa Lego, que por três anos testou um material reciclado — feito a partir do plástico de garrafas de politereftalato de etileno (PET) recicladas — para compor a nova geração de blocos de construção.

Apesar do experimento com o plástico rPET ter falhado, a companhia Lego segue comprometida em reduzir suas emissões e desenvolver novos materiais que sejam menos dependentes do petróleo. Até 2023, todas as peças deverão ser produzidas com “materiais mais sustentáveis e circulares”, aposta em comunicado.

Por que o novo material da Lego não funcionou?

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Para entender o porquê do experimento da Lego com materiais mais sustentáveis falhar, vale dizer que a companhia já testou mais de 300 materiais diferentes. Entre eles, o rPET parecia ser a melhor alternativa para reduzir o impacto e a geração de gás carbônico na linha de produção.

“Quando anunciamos o protótipo, estávamos otimistas quanto ao seu potencial, mas após dois anos de testes, decidimos não progredir, já que, em última análise, [o novo material] não nos ajuda a reduzir as emissões de carbono”, afirma a empresa.

Hoje, o material mais usado para a fabricação dos blocos de construção é acrilonitrila butadieno estireno (ABS), derivado do petróleo. Mesmo assim este tipo de plástico seria menos poluente que o novo material reciclado, quando se pensa no maquinário necessário para a produção, as novas etapas de tratamento e as adaptações nas fábricas já existentes.

Nos testes de uso, o novo material também não era tão durável e nem seguro quanto a versão anterior. Todos esses fatores contribuíram para o fim do experimento, e para a retomada da busca por materiais menos poluentes.

Investimentos para reduzir a pegada de carbono

Para reduzir a pegada de carbono, a companhia estima investir US$ 1,4 bilhão (cerca de 7 bilhões de reais) em iniciativas de sustentabilidade até 2025. Para 2050, a meta é zerar as emissões do gás poluente. Inclusive, o programa que busca novos materiais segue em funcionamento.

Hoje, poucos produtos da companhia são produzidos com o biopolietileno (bio-PE), feito a partir do etanol — considerado um tipo de plástico mais sustentável. São os casos de peças da coleção Botânica. A tendência é que isso aumente nos próximos anos.

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Fonte: Lego