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Hipopótamos da Colômbia podem ser castrados, exportados e sacrificados

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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ckstockphoto/envato
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Na Colômbia, esforços para reduzir a quantidade de hipopótamos vagando pelo país e causando inúmeros problemas deverão incluir castração, transferência para zoológicos em outros países e até mesmo sacrifícios. São 166 animais descendentes de uma população importada pelo famoso traficante Pablo Escobar, na década de 1980.

O trabalho está sob responsabilidade do governo colombiano. A Ministra do Meio Ambiente do país, Susana Muhamad, aponta para a esterilização de 20 espécimes devido aos esforços infrutíferos de controle da população por especialistas ao longo dos anos. A disseminação dos hipopótamos começou a partir da morte de Escobar em 1993, quando o zoológico particular de sua hacienda, chamada Nápoles, foi aberto, deixando as criaturas à solta.

Colômbia e os hipopótamos

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A Colômbia tem pântanos e regiões muito férteis na região de Antioquia, oferecendo condições perfeitas para que os grandes mamíferos, naturais da África, prosperem e se reproduzam. Crescendo em números no Magdalena, principal rio do país, eles foram declarados como espécie invasora em 2022, o que levou a maiores esforços para sua contenção.

A ministra Muhamad comenta estar negociando com outros países para exportar os animais, e deve esperar autorização de autoridades ambientais estrangeiras antes de começar o procedimento. A eutanásia aparece apenas como último recurso caso outras abordagens não surtam efeito. Na Colômbia, os hipopótamos representam uma ameaça aos animais e humanos, já que pesam até três toneladas e matam cerca de 500 pessoas no mundo todos os anos.

Na África, eles matam mais do que os crocodilos, estando entre as criaturas mais perigosas do mundo. A Hacienda Nápoles, onde moravam os hipopótamos de Pablo Escobar, possui 22,3 km² e foi entregue a populações pobres da região pelo governo colombiano após a morte do magnata da cocaína, tornando-se um parque temático. Como sua captura era difícil, os animais acabaram sendo deixados livres, e não se imaginava que se tornariam tão perigosos.

Eles não têm predadores no país, e estima-se que a população possa chegar a 1.000 até 2035 caso nenhuma medida seja tomada. Alguns ativistas discordam das iniciativas governamentais, afirmando que a esterilização causa sofrimento aos bichos e oferece perigo aos veterinários responsáveis. Comunidades do rio Magdalena foram atacadas recentemente, com invasão dos animais no pátio de uma escola, mas não houve mortes na ocasião.

Fonte: BBC

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