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Fumaça das queimadas na Amazônia e no Pantanal chega a 10 estados

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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RAMMB/Cira/Noaa
RAMMB/Cira/Noaa

Nos últimos dias, o efeito das queimadas que atingem a Amazônia e o Pantanal é sentido em diferentes regiões do Brasil, mesmo que distantes geograficamente. A fumaça já chegou em pelo menos 10 estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais e Paraná, através de uma espécie de “corredor de fumaça”. É o que aponta o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos.

Com a ajuda de imagens de satélite, os especialistas identificaram uma faixa de fumaça (rica em dióxido de carbono) que se estende do Norte até o Sul e o Sudeste, passando por alguns países vizinhos, como Peru, Bolívia e Paraguai. A fuligem liberada pode causar problemas de saúde, especialmente em locais mais atingidos.

No começo do ano até agora, o fogo já consumiu mais de três milhões de hectares da Amazônia. Em relação ao Pantanal, a estimativa é que mais de um milhão de hectares tenha sido impactado pelas queimadas, conforme aponta o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Buscando conter o fogo e a fumaça, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima afirma que quase 1,5 mil brigadistas do Ibama e do ICMBio atuam na floresta Amazônica.

Outros 300 brigadistas do Ibama e do Instituto Chico Mendes, além de militares, trabalham no Pantanal. Entretanto, as condições climáticas são desfavoráveis para o controle das queimadas.

Seca prolongada na Amazônia

Para entender como os efeitos das queimadas podem ser sentidos em 10 estados brasileiros, é preciso destacar as condições climáticas na região amazônica

Segundo o ministério, “a Amazônia enfrenta desde meados de 2023 uma das piores estiagens da história”, o que intensifica o risco de incêndios florestais. Inclusive, o índice de seca na Bacia Amazônica é o pior em pelo menos duas décadas. 

Neste momento, as queimadas da Amazônia estão relacionadas ao desmatamento (mesmo que este tenha caído nos últimos 12 meses) e à limpeza da pastagem. O problema é que um único incêndio pode gerar até milhares de focos de calor, tornando altamente complexo o trabalho de controle.

Como a fumaça se espalha no Brasil?

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Se pensarmos no caso da Amazônia, a fumaça gerada pelos incêndios chegam a pontos que estão a milhares de quilômetros, como algumas cidades no estado de São Paulo. Isso é possível pela criação de uma espécie de “corredor de fumaça”.

De forma natural, há um fluxo das correntes de ar no Brasil, que chegam do Oceano Atlântico, passam pelo Nordeste, viajam pela Amazônia e seguem até o Sul. Esse sistema espalha o que está na atmosfera, incluindo a fumaça das queimadas da Amazônia e do Pantanal. Assim, os efeitos são sentidos em inúmeras cidades do país.

Estados afetados pela fumaça da Amazônia e do Pantanal

No momento, os especialistas destacam registros de fumaça vindo dos incêndios florestais nos 10 seguintes estados:

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  1. Acre;
  2. Amazonas;
  3. Mato Grosso;
  4. Mato Grosso do Sul;
  5. Minas Gerais;
  6. Paraná;
  7. Rio Grande do Sul;
  8. Rondônia;
  9. Santa Catarina;
  10. São Paulo.

Até o momento, não há previsão de quando a situação será normalizada e nem de quando os focos de queimada serão totalmente controlados, já que isso depende de inúmeros fatores.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Agência Brasil, Noaa