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Fóssil encontrado no Brasil é de réptil 'avô' dos dinossauros

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Rodrigo Temp Muller/UFSM
Rodrigo Temp Muller/UFSM

Um novo fóssil descoberto no Rio Grande do Sul pode revelar a história dos antepassados dos dinossauros. O Gondwanax paraisensis possui particularidades que nunca haviam sido observadas pelos cientistas até então. A pesquisa foi feita pelo paleontólogo Rodrigo Temp Müller, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Publicado em setembro na revista científica Gondwana Research, o estudo demonstrou que o fóssil possui uma vértebra a mais na região que une a bacia com a coluna vertebral. A adição torna a junção mais sólida e rígida. Até então, os fósseis encontrados apresentam apenas duas vértebras nessa região. 

"Isso provavelmte permitiu que eles aplicassem mais força na passada e na corrida, o que deve ter culminado no bipedalismo [capacidade de andar sobre duas patas]", descreve Müller em entrevista ao Canaltech. 
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O animal se trata de um réptil e não propriamente um dinossauro. Por isso, pode ser considerado como o "avô", ou seja, o potencial ancestral dos gigantes carnívoros que vieram depois. Ele habitava a Terra há  237 milhões de anos, em um período conhecido com Pangeia, quando todos os continentes ainda estavam unidos.

Pequeno e leve, o animal pesava até 3 kg e tinha mais ou menos um metro de comprimento. O réptil era quadrúpede e um ágil corredor, com bastante força nas pernas traseiras. 

O paleontólogo contou também que recentemente foi encontrado na mesma bacia fossilífera um esqueleto completo de outro animal que provavelmente é da mesma espécie que o Gondwanax. Ele ainda será preparado para estudos futuros, mas já representa uma luz para a compreensão do passado.

"O que a gente espera é chegar no status que a gente está da origem dos dinossauros, mas desses precursores para construir cenários macro evolutivos mais robustos", finalizou o paleontólogo. 

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