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Enorme tempestade de areia assusta moradores do interior de SP e MG; entenda!

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Setembro de 2021 às 10h16

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Reprodução/Twitter/ARQLimaJunior1
Reprodução/Twitter/ARQLimaJunior1

No fim da tarde deste domingo (26), a cidade de Franca, no interior de São Paulo, foi “engolida” por uma grande tempestade de areia vermelha. A cena, digna de filme de ficção científica que se passam em Marte, também foi registrada em cidades vizinhas e municípios mineiros que fazem fronteira com SP. Embora as imagens sejam assustadoras, especialistas dizem que o fenômeno é normal, dadas as condições de estiagem prolongada na região.

Além de Franca, outras cidades da região de Ribeirão Preto foram afetadas pela densa nuvem de poeira deste domingo. O fenômeno afetou a visibilidade no trânsito, obrigando o comércio a fechar mais cedo. Alguns moradores também relataram dificuldade para respirar. A região tem enfrentado uma severa estiagem há pelo menos três meses e os moradores lidam com o racionamento de água desde o dia 2 de setembro.

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Em nota, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pediu à população que não desperdice água com a limpeza, ressaltando o racionamento no qual a região se encontra. “É preciso que todos usem a água de forma consciente, sem desperdícios”, acrescentou. Segundo os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o município de Franca registrava intensos ventos de até 60 km/h neste domingo, além do alerta de tempestades.

O que provocou a tempestade de areia São Paulo e Minas Gerais?

Em entrevista ao Canaltech, Willians Bini, Head do Agronegócio da Climatempo, disse que o fenômeno pode ser considerado comum diante das condições climáticas nesta época do ano, ressaltando que sua ocorrência tem sido cada vez mais frequente nas últimas décadas. “Por exemplo, no dia 13 de novembro do ano passado, na região de Ribeirão Preto, teve um fenômeno muito parecido — especialmente entre o norte e noroeste do estado de SP”, acrescentou Bini.

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Bini explica que, nessa época do ano, além do tempo seco, há o período de colheita das plantações de cana que predominam no norte e noroeste do estado de SP. “Quando ela é colhida, o solo fica desprotegido e tempo seco contribui para que esta terra não fique compactada — ou seja, ela fica solta”. Ainda, é neste período do ano em que as chuvas começam a aparecer, acompanhadas de ventanias e instabilidade.

Então, estes são os ingredientes para formar a nuvem de poeira. Naturalmente, o clima seco desta época do ano já favorece o surgimento do fenômeno, que encontra mais força pelo período de colheita da cana, deixando a terra mais seca e vulnerável, e os ventos que antecedem o início da temporada das chuvas.

Pelos próximos dias, é possível que o fenômeno volte a se repetir, mas tudo dependerá de como o clima seguirá no período. A tendência é que o cenário melhore ao logo de outubro, com a chegada das chuvas mais regulares.

Fonte: G1, Folha de São Paulo