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Como xixi coletado de banheiros químicos de festival ajuda a fabricar cerveja

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Unsplash/Egor Ivlev
Unsplash/Egor Ivlev

Uma iniciativa inusitada de uma empresa de saneamento da Suécia está transformando urina humana em fertilizantes para a produção de cerveja. Durante um festival local, a companhia usou banheiros químicos para coletar 15 mil litros de xixi

A coleta foi realizada na tradicional Noite de Walpurgis, evento realizado no parque Ekonomikum, na cidade de Uppsala. O evento é tradicional em alguns países europeus e marca o início da primavera no continente. 

A ideia da Sanitation360, que atua junto com a Universidade de Ciências Agrícolas (SLU) da Suécia, é criar um fertilizante natural e sustentável que possa diminuir a dependência de produtos químicos na produção da bebida fermentada

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Banheiros especiais

Os banheiros químicos instalados no festival foram projetados com telas especiais que fazem com que apenas a urina dos usuários seja coletada. No evento, foram coletados 15 mil litros de xixi, mas a corporação havia projetado uma coleta de 20 mil litros. 

De acordo com informações presentes no site da Sanitation360, os vasos sanitários especiais conseguem reter cerca de 80% dos nutrientes presentes na urina, que depois é tratada para ser transformada em materiais utilizados por agricultores.

Um teste anterior de vasos sanitários da Sanitation360 foi realizado na Conferência Ambiental de Esgoto e Meio Ambiente, também na Suécia. Como parte do projeto P2GreeN, foram instalados mictórios - masculino e unissex - para a coleta de urina. 

Produção do fertilizante

Em uma entrevista concedida à rádio sueca P4 Uppland, Björn Vinnerås, professor da Universidade de Ciências Agrícolas, ressaltou que, depois de armazenar a urina, são armazenados os sais presentes no resíduo líquido

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“Então podemos moer e granular até que se transformem em pellets de fertilizante que podem ser usados em máquinas convencionais que os agricultores já possuem”, ressaltou Björn Vinnerås.

Segundo a Sanitation360, a urina contém o mesmo tipo e concentração de nutrientes vegetais encontrados em fertilizantes comerciais. “A implementação em larga escala da tecnologia de tratamento do resíduo poderia substituir 19% do nitrogênio e 21% do fósforo usados ​​anualmente em fertilizantes comerciais em toda a Suécia”, informa a empresa.

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VÍDEO | BIOIMPRESSORA

Fonte: Sanitation360