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Este inseto tem poder de sucção maior que o de um elefante

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Julho de 2021 às 09h45

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jhenning_beauty_of_nature/Pixabay
jhenning_beauty_of_nature/Pixabay

Grande parte dos insetos, sejam aqueles nojentos ou os mais delicados, aparentam ser extremamente frágeis. No entanto, poucos sabem que eles podem não só ser muito ágeis e inteligentes, como também fortes e facilmente adaptáveis.

Uma ótima prova disso foi descoberta em um estudo recente, quando cientistas identificaram que as cigarrinhas, insetos que adoram ficar em pastagens, contam com uma capacidade de sucção impressionante.

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A maioria dos insetos que sobrevivem graças às seivas de plantas gostam de se alimentar de floema, um líquido açucarado que é liberado nos vasos de plantas como resultado da pressão positiva da circulação de uma planta. As cigarrinhas, no entanto, gostam de algo mais difícil de conseguir: o xilema.

O xilema é um líquido ralo e bastante aquoso que é liberado nos vasos através de uma pressão negativa, ao contrário do floema. Para extrair o xilema, as cigarrinhas precisam colocar em ação toda a sua capacidade de sucção, que é maior do que a de um elefante. Enquanto o animal gigante tem pressão de sucção de 0,01 megapascal, a cigarrinha tem de 1,6 megapascais.

Por que tão potente?

Para descobrir a potência de sucção dos insetos, os pesquisadores usaram a tecnologia de microtomografia computadorizada, que é semelhante à tomografia computadorizada que já conhecemos, mas com uma melhor resolução.

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Então, as cigarrinhas foram analisadas, mostrando que uma grande parte de suas pequenas cabeças contam com uma bomba cibarial, região que funciona como o diafragma, um músculo que se contrai e puxa, fazendo assim a sucção. As cigarrinhas repetem esse processo de sucção repetidamente até estarem bem alimentadas.

Philip GD Matthews, zoólogo da Universidade de British Columbia e um dos autores do estudo, conta que a capacidade de sucção das cigarrinhas não podem ser subestimadas, e que elas têm um poder incrível de se adaptar ao ambiente em que vivem. "Se elas estiverem no topo da tocha da estátua da liberdade, elas poderiam ter um canudo enorme chegando a um copo de água no térreo e estariam felizes o sugando mesmo assim", diz.

Os cientistas explicam que o xilema não é nutritivo o suficiente se ingerido em pequenas quantidades, por isso é exigido tamanho esforço dos insetos. Sendo assim, eles precisam beber de 100 a 1000 vezes mais do que o seu próprio peso por dia. Algumas vezes, inclusive, eles passam 24 horas seguidas consumindo esses líquidos.

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Assim como os humanos, todo o líquido ingerido resulta em grandes quantidades de urina, e as cigarrinhas chegam a liberar tanto xixi que correm o risco de se afogar. Felizmente, eles contam com uma anomalia que desenvolve uma catapulta responsável por jogar o xixi para longe com segurança, a uma distância de cinco a 10 centímetros.

Matthews diz que, basicamente, toda a vida das cigarrinhas consiste nesse processo. "Essa é a existência delas. Bebendo e filtrando, urinando e sugando". Você pode conferir o estudo neste link.

Fonte: Popular Science