7 animais tão fascinantes que inspiraram a criação de robôs
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Que o reino animal é fascinante, muita gente já sabe. Mas você sabia que alguns animais se destacam tanto por suas habilidades que empresas já chegaram a se inspirar neles para a criação de diversos robôs? Para que você tenha uma ideia, o Canaltech traz uma lista com alguns desses animais que serviram como fonte de inspiração para a criação robótica.
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1. Morcego
Os morcegos têm um dos mecanismos de voo mais complexos do mundo animal, pois suas asas podem mudar de forma durante o voo, com ombros, pernas, cotovelos e pulsos se movendo ao mesmo tempo. Com essa premissa, um grupo de pesquisadores da Caltech desenvolveu o Bat Bot, um drone que explora um dos truques que os morcegos têm nas mangas: a membrana elástica das asas.
A equipe teve que desenvolver uma membrana customizada para esse propósito. Por causa do silicone macio usado em sua construção, os bat bots podem ser usados em ambientes onde houver objetos frágeis, que podem ser danificados caso um drone entre em colisão.
2. Peixe
Os oceanos continuam ainda pouco explorados pela ciência, porque humanos e robôs de metal não são muito bons em se aproximar da vida marinha. Com isso, engenheiros do MIT desenvolveram um peixe robótico chamado SoFi. A metade inferior do peixe é composta de silicone flexível e borracha, enquanto a metade frontal é impressa em 3D e contém todos os componentes eletrônicos.
O robô não precisa depender de sistemas anticolisão e pode colidir com segurança com obstáculos subaquáticos ou outras formas de vida. Na frente do peixe, há uma única câmera e, apropriadamente, o SoFi usa uma lente olho-de-peixe, para permitir que o robô suba ou submerja rapidamente. Tal como um verdadeiro peixe, o robô pode se mover em todas as direções no oceano, por longos períodos de tempo.
3. Arraia-manta
Ainda na intenção de descobrir mais sobre a vida marinha, a Universidade Nacional de Singapura desenvolveu um robô inspirado na arraia-manta. A arraia-manta é do interesse dos engenheiros por causa da maneira que nada sem esforço, mesmo em mares turbulentos. O desenvolvimento do robô, que ganhou o nome de MantaDroid, levou dois anos.
O MantaDroid é rápido o suficiente para nadar o dobro do comprimento de seu corpo por segundo e pode permanecer ativo por dez horas. A equipe espera testar o drone em mar aberto, para ver como ele consegue enfrentar as condições adversas.
4. Lula
Para explorar Europa, a lua de Júpiter, a NASA desenvolveu um robô baseado numa lula da Terra. A invenção conta com tentáculos eletrodinâmicos que extraem energia de campos magnéticos que mudam localmente. Os mesmos tentáculos também permitem que o robô se mova na água. Esse sistema de energia e locomoção também pode ser usado para fazê-lo se mover ao longo da superfície da lua de Júpiter, se necessário.
5. Rato
Os ratos são criaturas noturnas que não têm uma visão muito boa e compensam isso usando o sentido do tato. Esses roedores movem seus bigodes para frente e para trás rapidamente, para aprender sobre o ambiente em que estão, bem como os tamanhos e formas dos objetos próximos. E analisando essas características, pesquisadores do Laboratório de Robótica de Bristol desenvolveram um robô.
Os pesquisadores desenvolveram bigodes de plástico, e começaram a construir o robô usando impressoras 3D. Motores foram usados para mover os bigodes, e as informações coletadas foram processadas por chips no próprio robô, que pode ser potencialmente usado para uma ampla gama de aplicações, como a exploração do interior de tubulações, por exemplo.
6. Barata
Quem diria que a barata também poderia servir de inspiração para a criação de um robô? O Biomimetic Millisystems Lab da UC Berkeley desenvolveu vários robôs conhecidos como VelociRoach. Seu destaque está em mover suas pernas rapidamente, permitindo que o robô de 54 gramas se mova a velocidades de 4,9 metros por segundo. Existem espinhos dobráveis nas perninhas no robô, semelhantes às estruturas encontradas nas pernas de uma barata, para aumentar a tração com a superfície.
Algumas versões desse robô ainda usam uma vela minúscula montada em sua cauda, para fornecer um mecanismo de direção aerodinâmico, para realizar o vôo.
7. Abelha
Que tal minúsculos drones inspirados em abelhas, que podem ser usados não apenas para a polinização de flores, mas também para monitoramento ambiental? Os pesquisadores de Harvard SEAS vinham tentando desenvolver essas abelhas robóticas por mais de 10 anos, finalmente alçando o primeiro voo em 2013. Os RoboBees podem mergulhar do ar, na água, e continuar a nadar debaixo d'água, usando as mesmas asas que usam para voar. Superando a imensa tensão superficial em escalas tão pequenas, o RoboBee pode pular direto da água para o ar.
Fonte: Digit, Singularity Hub