Publicidade

7 curiosidades sobre camarão azul gigante visto no Pará

Por  |  • 

Compartilhe:
Jarek Tuszyński/CC-BY-SA-3.0 & GDFL
Jarek Tuszyński/CC-BY-SA-3.0 & GDFL

Nas águas do Pará, pescadores relatam uma crescente população de camarões da espécie Macrobrachium rosenbergii. É um tipo de camarão azul gigante, mais conhecido pelo nome de camarão-gigante-da-Malásia e que esconde pelo menos sete curiosidades

Os vídeos sobre o crustáceo azul, gigante e muito “diferente” viralizam no TikTok. Entre os principais criadores de conteúdo sobre a espécie exótica, está o perfil de Allanzinho Pescador, com mais de 200 mil curtidas. 

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Apesar do estranhamento causado pelo camarão gigante azul, a espécie chegou ao país, pela primeira vez, há mais de 45 anos. Fora dos casos de invasão, é criada para abastecer o mercado (ou melhor as peixarias) de diferentes cidades. No entanto, é uma espécie invasora para a biodiversidade da Amazônia e traz riscos.

7 curiosidades sobre o camarão azul gigante

A seguir, confira sete curiosidades sobre a morfologia do camarão azul gigante e sobre a história da espécie Macrobrachium rosenbergii até chegar ao Brasil: 

1. Camarão Macrobrachium rosenbergii é realmente gigante?

Comparado às outras espécies de camarões de água doce, o camarão-gigante-da-Malásia realmente se destaca. Segundo o Centre for Agriculture and Bioscience International (CABI), os machos adultos podem chegar a 32 cm de comprimento, pesando até 500 g. As fêmeas tendem a ser menores, crescendo até no máximo 25 cm.  

2. Camarão-gigante-da-Malásia é todo azul?

Apesar do apelido do camarão gigante, ele não é todo azul, como ocorre com alguns tipos muito raros de lagosta azul (o valor desta pode chegar a estratosfera). No caso da espécie Macrobrachium rosenbergii, a coloração azul vibrante se concentra em um dos grupos de “pernas” e as antenas. O corpo varia geralmente entre esverdeado e cinza acastanhado, com alguns toques azuis (como na cauda). 

3. Camarão azul gigante é espécie exótica no Brasil?

Continua após a publicidade

Como já adiantamos, o camarão azul gigante é uma espécie exótica e invasora no Brasil, assim como são o peixe-leão (Pterois volitans) e os axolotes (Ambystoma mexicanum). Por isso, o crustáceo não deveria ser encontrado, de forma livre, nas águas do Pará. 

Como é carnívoro, a espécie causa desequilíbrio e impactos ambientais em rios, lagos e reservatórios, nos quais habita. Também pode reduzir as populações de camarões nativos, durante a disputa por habitat e comida.

4. Local de origem da espécie invasora

Continua após a publicidade

Se o camarão gigante não é nativo do Brasil, de onde a espécie veio? Ela é comum na região conhecida como Indo-Pacífico Ocidental, que vai do noroeste da Índia até o Vietnã. Também abrange as Filipinas, a Nova Guiné e o norte da Austrália. Entretanto, a sua criação comercial começou a ser internacionalizada nos anos 1960, quebrando fronteiras originais.

5. Quando o crustáceo gigante chegou pela primeira vez no Brasil?

Segundo registros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o camarão azul gigante foi importado, pela primeira vez, para o Brasil nos anos 1970. A espécie chegou para ser estudada pelo Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pouco tempo depois, a criação comercial foi iniciada em diferentes estados do país.

6. Como o camarão-da-malásia invadiu o Pará?

Continua após a publicidade

O exato caminho que a espécie de camarão levou para chegar até o Pará ainda é desconhecido. Entretanto, a principal hipótese é que o camarão-gigante-da-Malásia tenha escapado de algum tanque de criação (para ser mais preciso, tanque de carcinicultura) e conseguiram se estabelecer em áreas favoráveis.

No caso do Pará, os primeiros registros do animal azul, na natureza, surgiram no começo dos anos 2000. De lá para cá, parece que a população de invasores cresceu ainda mais.

7. Espécie de camarão é especialista em se adaptar

Continua após a publicidade

Uma das grandes vantagens do camarão gigante azul é a sua incrível capacidade de adaptação, já que consegue ocupar e se proliferar em riachos de montanha, rios de planície, rios de florestas tropicais (como a Amazônia), estuários, lagoas costeiras. A única dificuldade é que, durante a fase larval, as larvas precisam se desenvolver em água salobra (com mais sais dissolvidos) e somente depois vão para a água doce. Isso pode limitar um pouco o seu avanço.

Leia mais:

VÍDEO: confira o incrível navio que fica de pé no meio do mar

Continua após a publicidade

Fonte: CABI