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Peixe-leão é uma praga? Entenda os perigos da espécie invasora

Por| Editado por Luciana Zaramela | 28 de Novembro de 2022 às 10h29

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mstandret/envato
mstandret/envato

O peixe-leão (Pterois volitans) é uma espécie invasora que encanta por sua beleza, marcada pelo corpo listrado de branco e tons de vermelho, laranja e marrom. No entanto, esta "praga ornamental" dos mares não é nativa do Brasil e pode representar um risco tanto para a saúde humana quanto para a biodiversidade nacional.

O tamanho máximo do animal é de 47 centímetros. Apesar das dimensões, a espécie invasora é uma grande predadora. Segundo o ICMBio, o peixe-leão pode comer 20 animais, como pequenos peixes e crustáceos, em meia hora. A fêmea consegue produzir até 30 mil ovos.

Além disso, o peixe-leão possui 18 espinhos venenosos, concentrados em seu dorso. Esta é uma estratégia de defesa do animal que, infelizmente, pode afetar também os humanos. A toxina é bastante dolorosa.

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Afinal, por que o peixe-leão é uma praga?

Originalmente, o "peixe-leão é nativo do ecossistemas de recifes tropicais e subtropicais no sul do Oceano Índico, Pacífico Sul e Mar Vermelho", explicam pesquisadores da agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA), em estudo publicado na revista científica Marine Drugs.

"Com poucos predadores naturais e altas taxas reprodutivas e de crescimento, os peixes-leão estabeleceram rapidamente populações no noroeste do Atlântico e no Caribe após sua introdução nas águas da Flórida na década de 1990", detalham os autores sobre o início da invasão da praga. Agora, casos da espécie invasora se intensificam na América do Sul, como o Brasil.

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De forma geral, "as explosões populacionais [do peixe-leão] têm um impacto ecológico dramático na biodiversidade, habitat e estrutura da comunidade de peixes de recife, com o peixe-leão superando os predadores nativos na busca por recursos", acrescentam. Neste cenário, as espécies nativas têm dificuldades para sobreviver e a biodiversidade local empobrece.

Onde a espécie invasora já foi identificada no Brasil?

Por enquanto, não existem estatísticas nacionais de relatos do peixe-leão no Brasil e nem de acidentes envolvendo a espécie invasora. No entanto, relatos se espalham pelo litoral brasileiro, como em:

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  • Fernando de Noronha, em Pernambuco;
  • Em Fortaleza e em Jericoacoara, ambos no Ceará;
  • Nas águas do Maranhão, durante expedição científica;
  • Em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Peixe-leão é uma espécie venenosa

Acidentes com o peixe-leão podem acontecer quando pessoas pisam no animal de forma acidental ou quando o próprio peixe ataca, o que é mais raro em acidentes com humanos. Segundo o ICMBio, "o veneno do peixe-leão não é fatal para pessoas saudáveis". Só que isso não significa que seja indolor.

O veneno desta espécie invasora é composta por uma toxina neuromuscular e o nível de dor vai depender do quão profundamente o espinho venenoso do peixe-leão penetrou na pele do indivíduo. De forma geral, a toxina do animal pode causar:

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  • Dor;
  • Inchaço;
  • Sangramento;
  • Vermelhidão;
  • Dormência;
  • Náuseas;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça.

Em alguns indivíduos, o contato com o veneno do peixe pode provocar complicações, especialmente se a pessoa é alérgica (choque anafilático). Neste caso, os sintomas iniciais podem evoluir para:

  • Febre;
  • Falta de ar;
  • Inchaço da garganta e rosto;
  • Parada cardíaca;
  • Paralisia temporária;
  • Óbito.

Diante dos possíveis riscos, a orientação do ICMBio é que ao ser envenenado por um peixe-leão, a pessoa deve procurar por atendimento médico "o mais rápido possível para receber o tratamento adequado".

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Fonte: Marine DrugsICMBio e Healthline