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Governo veta isenção de imposto para plataformas de streaming

Por| Editado por Jones Oliveira | 17 de Junho de 2021 às 20h00

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Unsplash / Tech Daily
Unsplash / Tech Daily

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou nesta terça-feira (15) o trecho da Medida Provisória 1018/2020 que isentava serviços de streaming de pagarem a Contribuição para o Desenvolvimento Nacional da Indústria Cinematográfica (Condecine), a chamada contribuição do audiovisual. Com isso, plataformas como Netflix, Disney+ e o vindouro HBO Max terão de pagar o imposto cobrado a todo setor.

De acordo com o Palácio do Planalto, o veto foi dado a pedido do Ministério da Economia por se tratar de uma renúncia fiscal de receita de bilhões de reais. Dessa forma, afirma o governo, a isenção de grandes empresas de impostos poderia penalizar a parte debaixo do mercado audiovisual brasileiro, sobretudo micro e pequenas empresas do setor, além de desobedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Conforme a legislação atual, todas as empresas do segmento precisam pagar o Condecine, incluindo TV aberta, a cabo e o cinema. Havia uma grande discussão sobre a entrada das plataformas de streaming neste pacote, uma vez que elas estavam situadas em um limbo jurídico que as deixava de fora da cobrança.

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No último mês de maio, a Câmara dos Deputados aprovou o texto da MP 1018/2020, que reduz os encargos incidentes sobre estações terrenas ligadas e serviço de internet via satélite, e inseriu o trecho que mantinha as empresas de streamings isentas da contribuição obrigatória — algo que não estava no texto original da MP enviada pelo governo. Com a decisão do presidente Bolsonaro, contudo, esse trecho da lei foi derrubado.

O Canaltech procurou os principais serviços de streaming que operam no Brasil e aguarda um posicionamento oficial.

MP vai reduzir imposto de banda larga via satélite

Já em relação ao texto aprovado, a MP 1018/20 vai beneficiar principalmente o serviço de internet banda larga via satélite, reduzindo os impostos cobrados ao igualar os encargos aos de telefonia móvel. A medida também reduz outras taxas que eram cobradas do setor de telecomunicações que, ao contrário da contribuição dos streamings, já estavam estimadas no Projeto de Lei Orçamentária de 2021.

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De acordo com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, a MP vai permitir que regiões mais afastadas e carentes tenham acesso à internet, como periferias e até mesmo áreas fronteiriças. Atualmente, o Brasil conta com 350 mil pontos de distribuição de internet por satélite e, com a sanção da medida, a expectativa é chegar a 750 mil estações.

Fonte: Agência Brasil