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Funcionários demitidos do Google acusam empresa de práticas desleais de trabalho

Por| 05 de Dezembro de 2019 às 10h51

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O Google não para de ter problemas com seus (ex) funcionários. Depois de protestos contra a demissão de Rebecca Rivers e Laurence Berland, que aconteceram em novembro, a empresa está sendo acossada por outros dois trabalhadores demitidos, que se uniram a Rivers e Berland para, juntos, atacarem a gigante da tecnologia.

Os ex-Googlers planejam apresentar queixas trabalhistas contra a companhia, acusando o Google de práticas de trabalho que visam proteger somente seus interesses. Uma carta aberta publicada nesta quarta-feira (4) pelo “Google Walkout for Real Change”, no Medium, descreve como os quatro funcionários, Laurence Berland, Paul Duke, Rebecca Rivers e Sophie Waldman, todos envolvidos no ativismo interno da empresa, vão "revidar".

Eles argumentam que não foram demitidos por violar as políticas de segurança de dados da empresa, como alegou o Google. "Trata-se de tentar impedir toda a organização do local de trabalho", diz a carta aberta. "O Google quer enviar uma mensagem a todos: se você ousar se envolver em uma organização de trabalho protegida, será punido", diz outro trecho.

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Como primeiro passo, as acusações de práticas trabalhistas injustas serão registradas no Conselho Nacional de Relações Trabalhistas, a agência governamental encarregada de fazer cumprir a lei trabalhista dos EUA, conforme descrito pelos ex-funcionários. Sob o processo do conselho, as autoridades investigarão as acusações e, finalmente, decidirão se precisam tomar outras medidas.

Desde que tudo isso começou, o Google afirmou com veemência que Rivers e Berland foram demitidos por "violar suas políticas de segurança de dados", incluindo calendários de funcionários acessados ​​injustamente contendo informações de sua localização e compartilhados com fontes externas.

"Demitimos quatro pessoas envolvidas em violações intencionais e, muitas vezes, repetidas de nossas políticas de segurança de dados de longa data, incluindo acesso e disseminação sistemática de materiais e trabalho de outros funcionários", disse um porta-voz do Google ao The Guardian. "Ninguém foi demitido por levantar preocupações ou debater as atividades da empresa", ressaltou.

Essas demissões fazem parte de um problema maior e contínuo entre o Google e seus funcionários. Nos últimos dois anos, os funcionários da empresa protestaram contra questões como a administração da companhia lida com acusações de assédio moral e sexual, seu trabalho controverso para os militares e o tratamento de seus criadores de conteúdo LGBTQ+ no YouTube.

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Em meio às críticas internas, a gigante da tecnologia contratou um escritório de advocacia antissindical para aconselhar os diretores sobre como lidar com retaliações internas, isso sem falar de uma investigação da própria Alphabet, empresa-mãe do Google, que está de olho nestes acontecimentos recentes.

Fonte: The Next Web