Apple concorda em pagar US$ 113 milhões para dar fim à polêmica “BatteryGate”
Por Ramon de Souza | 18 de Novembro de 2020 às 23h40
A novela conhecida como “BatteryGate” ainda não terminou. Após receber uma multa de 25 milhões de euros na França, a Apple concordou, nesta quarta-feira (18), pagar a quantia de US$ 113 milhões (cerca de R$ 606 milhões) para 35 estados dos EUA (incluindo a capital Washington D.C.) para dar um fim aos inúmeros processos judiciais locais. O valor será repartido de forma igualitária aos estados norte-americanos.
- Brasileiros não têm direito a indenização da Apple no caso BatteryGate
- Redução de performance em iPhones rende 32 processos contra a Apple nos EUA
- iOS vai permitir que usuário desative função de redução de desempenho
Em 2018, a Maçã se viu em maus lençóis após degradar propositalmente o desempenho de iPhones antigos (do iPhone 6 para baixo) quando a vida útil de suas baterias estavam chegando ao fim. Essa degradação foi aplicada na forma de uma atualização de software que, uma vez instalada, não poderia ser removida. A atitude deixou muita gente furiosa e vários clientes acusaram a marca de praticar obsolência programada.
A companhia chegou a ressarcir alguns consumidores em US$ 25 e dar descontos para trocas de baterias, mas isso não foi o suficiente e processos continuaram a surgir. Segundo o advogado General Mark Brnovich, do Arizona, que ficou responsável por fazer investigações sobre o caso, a empresa tinha total ciência dos impactos que tal update poderia causar na experiência dos seus clientes.
Segundo Brnovich, “a Apple violou várias leis de proteção ao consumidor, como a Lei de Fraude do Consumidor do Arizona, ao deturpar e ocultar informações” sobre os efeitos negativos que a atualização poderia trazer. Além do valor a ser pago, a Maçã também foi orientada a “fornecer informações verdadeiras aos consumidores sobre a saúde da bateria do iPhone, desempenho e gerenciamento de energia”.
Fonte: Yahoo! Finance