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Para a Razer, problemas dos jogos mobile estão “no software, não no hardware”

Por| 27 de Março de 2019 às 23h10

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Para a Razer, problemas dos jogos mobile estão “no software, não no hardware”
Para a Razer, problemas dos jogos mobile estão “no software, não no hardware”
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A Razer pode ter deixado o mundo da fabricação de smartphones gamer — onde, por anos, manteve concorrência com marcas como Asus, Vivo, Nubia e Xiaomi —, mas isso não significa que a fabricante americana esteja fora do mercado de mobile gaming. Em uma conferência telefônica de prestação de resultados a investidores, o CEO Ming-Lian Tan disse que a saída da oferta de hardware mobile é apenas um passo na estratégia móvel da empresa, que está de olho na transição para o 5G e se aproximando da gigante chinesa Tencent.

Tan disse aos investidores que toda a experiência de se jogar em um smartphone vem sendo diminuída por “hacks” — termo que ele usou para se referir a mapeamentos de comandos nas telas touch dos aparelhos, bem como à crescente oferta de periféricos para smartphones. Em outras palavras: tudo o que outras empresas consideram bons argumentos de venda e aumento de portfólio, Tan considera “gambiarras”.

"(...) Tente jogar um game de teclado-e-mouse com um joystick, você vai odiar”. Exemplificando, ele citou a tecnologia de “crosshair snapping" — uma função que permite a mira semiautomática para alvos de preferência em jogos de tiro —, recurso que é comum em consoles devido à menor resolução dos controles, mas quase ausente no PC, onde esse gênero é mais disputado no mouse e teclado.

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Apesar disso, Tan admite que há uma demanda para esse tipo de, nas palavras dele, “hack”, o que justifica a indústria perseguir a sua produção. Vale citar: a Razer fabrica e distribui o Raiju Mobile, seu próprio joystick para smartphones.

Por essa razão, a Razer tem se aproximado de empresas como a Tencent. A gigante chinesa tem relações com os jogos de maior sucesso da atualidade: Fortnite (distribuído nos aparelhos móveis por ela), PlayerUnknown’s Battlegrounds (PUBG, o qual a Tencent é dona e distribuidora) e Arena of Valor (também distribuído pela Tencent). O objetivo dessa colaboração é o de criar uma plataforma padrão de interatividade, reconstruindo jogos “do zero” em cima dela.

O CEO da Razer comparou essa medida a quando a própria empresa abriu a sua tecnologia Chroma para licenciamento de outras empresas, o que gerou a adoção da tecnologia multicolorida por outras fabricantes.

Apesar de todas essas premissas, o futuro da divisão Razer Phone ainda é incerto: Tan pode elucidar o futuro da empresa o quanto puder, mas é importante ressaltar que o fato que fica é a saída da empresa do ramo de smartphones. A empresa desistiu de continuar fabricando aparelhos após o lançamento do Razer Phone 2, demitindo muita gente no processo.

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Fonte: Engadget