Passkey | Google começa a aposentar senhas convencionais no Android e no Chrome
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |
O Google dá mais um passo na construção de um mundo sem senhas — ao menos, no seu ecossistema: desde quarta-feira (12), a empresa liberou para o público geral testes com as Passkeys no Android, no Chrome e no ChromeOS. As passkeys são um mecanismo de autenticação dinâmica que, na prática, funciona de forma bem semelhante às ferramentas de autopreenchimento.
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A criação de uma nova passkey acontece de forma semelhante à geração automática de senhas: ao criar uma credencial, o navegador oferecerá a possibilidade de gerar uma passkey. Essa chave será atrelada ao dispositivo que, se for um celular, poderá ser acessada pela biometria, PIN ou Padrão (no Android).
Assim que criada, essa passkey é sincronizada com todos os dispositivos conectados ao Google Password Manager (incluindo PCs, através do Chrome). Com a passkey associada ao celular, o dispositivo pode servir também para fazer login em computadores não sincronizados por meio de um QR Code.
"Uma chave de acesso em um celular também pode ser usada para fazer login em um dispositivo próximo. Por exemplo, um usuário Android agora pode fazer login em um site com passkey habilitado usando o Safari ou um Mac. Da mesma forma, o suporte à passkey no Chrome significa que um usuário do navegador no Windows, por exemplo, pode fazer o mesmo usando uma passkey de acesso salvo num iPhone", explicou o Google.
Não é exclusivo do Google
Embora estejam alcançando o ecossistema do Google agora, as passkeys não são exclusivas do Google — a Apple, por exemplo, já usava mecanismo semelhante no Safari e no macOS. Por ser construída sob padrões da indústria, a funcionalidade pode facilmente interoperar entre ecossistemas sem gerar dor de cabeça para o usuário final.
Segundo o Google, o trabalho para a construção de uma internet sem tantas senhas acontece em colaboração com gigantes como Apple e Microsoft, bem como entidades como a FIDO Alliance e a W3C. "Hoje é mais um marco importante, mas nosso trabalho não está concluído. O Google continua comprometido com um mundo onde os usuários podem escolher onde suas senhas, e agora as chaves de acesso, serão armazenadas", pontuou a empresa.
Depende dos desenvolvedores
Naturalmente, o suporte para as passkeys depende da implementação de desenvolvedores. Também na quarta (12), o Google disponibilizou a ferramenta por meio da API WebAuthn no Chrome, no Android e em outras plataformas.
Para experimentar a funcionalidade, devs podem usar o Chrome Canary na versão mais recente ou entrar no programa de testes do Google Play Services. Por enquanto, porém, os testes não foram iniciados.