NFT de mandado de prisão de Nelson Mandela é vendido por R$ 620 mil

O mandado de prisão original do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, foi vendido como um token não fungível (NFT) neste final de semana a arrecadou US$ 130 mil (mais de R$ R$ 620 mil). O item era parte de um leilão destinado a financiar uma entidade que documenta a luta contra o apartheid e a favor da democracia na África do Sul.

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O mercado escolhido foi a Momin e o lucro será destinado ao Museu LiliesLeaf, que recebeu o documento original em 2004 como doação de um colecionador. O objetivo da venda atual será ajudar os museus locais a se manterem ativos, já que eles foram afetados pela falta de turistas durante a pandemia.

O comprador do NFT não foi identificado, mas é morador dos Emirados Árabes Unidos e terá acesso exclusivo ao documento original. O papel está amarelado, possui bordas deformadas e furos nas laterias usados para prender a folha ao fichário no qual estava guardado.

O texto do mandado é escrito em inglês e africâner, com ótima conservação. Tudo está guardado na fazenda LiliesLeaf, localizada nos arredores da cidade de Joanesburgo, usada como base secreta de operações pelo Congresso Nacional Africano desde 1961. Ali foi onde Mandela e outros líderes do partido se esconderam das autoridades nos tempos de perseguição.

Nelson Mandela em NFT

Mandela é ex-ganhador do Prêmio Nobel da Paz e foi preso em agosto de 1962 por participações em protestos e por viajar ilegalmente ao exterior. Em 1964, sofreu uma nova condenação, desta vez à prisão perpétua, acusado de traição e sabotagem. Anos depois, conseguiu se eleger presidente da África do Sul e é considerado desde então uma das maiores figuras da história humana.

Este é o segundo item que o Museu Liliesleaf precisa leiloar itens para se sustentar. Em novembro do ano passado, uma pistola disfarçada de caneta do ex-ativista Oliver Tambo também foi vendida como NFT para arrecadar fundos.

Grandes empresas do mundo já perceberam o quanto o mercado de artes digitais é lucrativo. Clubes de futebol, montadoras de automóveis, empresas de vestuário e até artistas da música entraram para o ramo de NFTs.

Fonte: AFP