Microsoft pode exigir assinatura para usuário manter e-mails antigos do Hotmail
Por Felipe Demartini | 01 de Fevereiro de 2021 às 10h49
Usuários de contas antigas do Hotmail estão recebendo uma surpresa bastante negativa ao acessarem seus e-mails, descobrindo que podem se ver obrigados a assinarem o Office 365 caso desejem manter as caixas de entrada funcionando. A notícia vale para os utilizadores que ultrapassaram o limite de armazenamento de 15 GB, com os perfis permanecendo bloqueados para envio e recebimento de mensagens até que dados antigos ou desnecessários sejam deletados, ou o pagamento seja realizado.
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Limites de armazenamento em e-mails são normais; o problema é que, no caso do Hotmail, esse teto não teria sido informado aos utilizadores. Prova disso é que, em muitos casos, as contas contam com muito mais do que o dobro do espaço ocupado, com o bloqueio repentino obrigando os usuários a realizarem um pagamento rápido ou então gastem preciosas horas vasculhando contas com mais de uma década de existência para voltar a liberar a utilização.
O problema parece atingir principalmente os usuários antigos do Hotmail, que, em alguns casos, podem ter um perfil com mais de 20 anos de idade, oriundo dos tempos do MSN ou de uma época em que o serviço era um dos principais fornecedores de e-mails gratuitos. Em 2013, a Microsoft anunciou que a plataforma deixaria de funcionar, mas que todas as caixas de entrada seriam migradas para o Outlook, marca unificada de correio eletrônico da Microsoft que funciona até hoje.
A principal reclamação é de que o limite, apesar de aparentemente existente desde essa transição, nunca foi avisado aos usuários — e nem mesmo imposto, já que muitos descobriram, ao longo da última semana, ocuparem 40 GB em uma conta com limite de 15 GB, por exemplo. De repente, o serviço deixou de funcionar, em uma atitude que pode dificultar o funcionamento de pequenos negócios e pessoas comuns que utilizam a plataforma para se comunicarem.
Os valores cobrados pela companhia por uma assinatura do Office 365 são altos. No Brasil, o plano mais barato para uso doméstico custa R$ 29 por mês ou R$ 299 por um ano e entrega 50 GB de armazenamento no Outlook, além de 1 TB no OneDrive e, claro, os aplicativos da suíte de produtividade. A oferta também chamou a atenção negativamente, com os usuários alegando que, além dos valores altos, eles seriam obrigados a aderirem a um serviço de que não precisam de forma a recuperarem suas caixas de entrada.
A Microsoft, por enquanto, não se pronunciou sobre a mudança, enquanto usuários permanecem apenas com a opção de assinar o Office 365 ou excluir mensagens antigas ou pesadas. Não ficou claro, tampouco, porque os tradicionais avisos de que o armazenamento está chegando ao fim não teriam sido enviados aos utilizadores atingidos.
Fonte: The Daily Express