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Google trabalhará com autoridades britânicas na implementação do polêmico FLoC

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Junho de 2021 às 17h15

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Pixabay/Photo Mix
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A Competition and Markets Authority (CMA), agência reguladora de concorrência no Reino Unido, anunciou parceria com o Google para contribuir na segmentação de anúncios online. A ideia é entender como funcionam os Federated Learning of Cohorts (FLoC) e os demais integrantes do conjunto de tecnologias que a gigante chama de Privacy Sandbox.

Esta é a primeira vez que o Google atuará em conjunto com órgãos reguladores. A medida veio no momento em que autoridades do mundo inteiro começaram a pressionar a empresa a revelar detalhes sobre a sua nova inteligência artificial usada para segmentar usuários em grupos anônimos.

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A nova abordagem pretende ser uma alternativa mais voltada para a privacidade do que os atuais cookies de terceiros, usados como forma de rastreamento individual. No entanto, esse novo mecanismos acendeu o sinal amarelo em muita gente porque poderia prejudicar a concorrência e concentrar ainda mais poder nas mãos da gigante das buscas.

Além disso, há o temor da indústria de que o FLoC capture um volume maior de dados do que os cookies já fazem hoje, o que permitiria o direcionamento de anúncios ainda mais detalhados e dados cada vez mais valiosos.

Estratégia para dar mais confiança

Ao trazer um órgão regulador para o seu lado, o Google tenta dar mais transparência sobre a implementação do novo sistema e ainda garante uma "auditoria" do seu trabalho. Segundo a empresa, tudo está sendo desenvolvido para que não haja nenhum tipo de vantagem nem brechas que beneficiem alguma companhia, inclusive ela própria.

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Outra novidade foi uma postura pública da companhia de não combinar os dados do usuário obtidos via FLoC com os históricos de navegação do Chrome ou do Google Analytics. Se isso fosse feito poderia ser caracterizada uma técnica chamada fingerprinting, quando você junta várias informações aparentemente desconexas para identificar cada usuário.

Por sua vez, o CMA diz que esses compromissos atendem às aos seus anseios, mas prometeu abrir uma consulta pública ao mercado para ajudar o órgão a decidir se aceita. Caso dê o aval para o prosseguimento, os compromissos do Google se tornarão juridicamente vinculativos e provavelmente espalhados para o restante do mundo.

Esse anúncio pode ajudar a tranquilizar quem estava preocupado com a pouca clareza do Google na condução dos seus “novos cookies”. Até hoje, a empresa ainda não deu detalhes técnicos de como funciona o seu mecanismo e nem como pretende implementá-los de forma igualitária em outros navegadores, que já anunciaram a restrição a esse tipo de sistema.

Fonte: Gov.uk