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Google mudará algoritmo para dificultar uso de páginas para espalhar calúnias

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 10 de Junho de 2021 às 19h25

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Pixabay/Photo Mix
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O Google declarou guerra a sites criados para propagar calúnias ou extorquir dinheiro de pessoas online. A companhia anunciou que modificará seu algoritmo de busca para evitar que páginas mentirosas apareçam com destaque ao procurar pelo nome de uma pessoa.

Uma das ferramentas será um sistema de denúncia capaz de acolher relatos de ataques virtuais contra pessoas. A partir disso, será criado um banco de dados contendo “vítimas conhecidas” para evitar a exposição de quem passa por uma situação tão delicada. Toda vez que algum tipo de conteúdo ofensivo sobre aquela pessoa for ao ar, o próprio sistema vai posicioná-lo de forma negativa.

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Muitos cibercriminosos usam técnicas de SEO (Seach Engine Optimization) para manipular o algoritmo da busca orgânica do Google e alavancar conteúdos negativos contra desafetos, artistas, políticos, empresários ou famosos. Depois disso, cobram quantias surreais para remover a página caluniosa — e muitos acabam pagando para evitar a exposição.

Hoje não há nenhum mecanismo que garanta a remoção de conteúdos mentirosos de forma rápida. A única forma é ingressar com ação na justiça e aguardar uma decisão, e isso pode levar meses até que ocorra. Por isso, em teoria, as mudanças do Google podem ajudar a todos, inclusive quem é vítima de outros crimes como divulgação de conteúdo íntimo, pornografia falsa, exposição de dados pessoais ou conteúdo agressivo.

O vice-presidente do Google, David Graff, alertou que essa não seria uma "solução perfeita", mas cujo efeito deve ser imediato para amenizar o problema. Segundo ele, a companhia continua a trabahar para trazer soluções mais efetivas.

A resposta do Google é um reflexo do artigo do jornal The New York Times de abril, que destacou o crescimento da prática de calúnia digital e a dificuldade de combater essa atividade, além do prejuízo financeiro e na imagem das vítimas.

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Fonte: The New York Times