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Google mostra suas armas para combater a desinformação nas eleições de 2022

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 15 de Outubro de 2021 às 15h27

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Reprodução/ascomtrerj (modificado)
Reprodução/ascomtrerj (modificado)
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Nesta sexta-feira (15), o Google apresentou ações para fortalecer o processo eleitoral brasileiro de 2022. Ciente de sua importância na rotina dos brasileiros, acumulando milhões de buscas relacionadas às eleições, a companhia utilizará sua influência para dar informações de qualidade, apoiará instituições e grupos de checagem de fatos ao lado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fará do Google Ads uma plataforma transparente para acompanhar as estratégias de candidatos e partidos.

O objetivo das ações “é manter eleitores informados na jornada rumo à urna”, comentou a Gerente de Políticas Públicas do Google Brasil, Karen Duque. As políticas, algumas já em ação há meses, terão atuação ininterrupta, já que “todo ano é ano de eleição” em algum lugar do mundo, explicou a executiva.

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Para o Google, o acesso à informação é parte essencial do processo democrático, e desde o ano passado a empresa passou a atuar de forma mais ampla sobre as eleições municipais. Foi em 2020 que a Gigante das Pesquisas, pela primeira vez, divulgou detalhes sobre a votação local, com painéis de perguntas e respostas.

Google Ads mais transparente

Para a plataforma de anúncios do Google, as mudanças fazem parte das novas diretrizes de publicidade: a partir de 17 de novembro, todo cliente com participação direta nas eleições (partidos, titulares de cargos públicos ou candidatos) ou que tenham interesse em promover esses participantes deverão passar por um processo de verificação — quem não concluir a autenticação será impossibilitado de subir novas campanhas.

Segundo a advogada e especialista do Google Ads Natalia Kuchar, a exigência do processo será exclusiva para o Brasil. O recolhimento de informações será a principal forma de dar visibilidade aos donos dos anúncios, que estarão todos reunidos no Relatório de Transparência de Publicidade Política.

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É a partir desse painel que qualquer cidadão poderá consultar como andam os gastos de partidos, candidatos e outras entidades na veiculação de anúncios pelo Google. O portal reunirá informações sobre cada publicidade, como autor, público alvo e custo por propaganda, o que além de destacar estratégias, pode indicar irregularidades em campanhas.

A verificação também servirá para colocar todo “anunciante político” em conformidade com as regras do TSE e do Google. Não são permitidos clickbaits, pegadinhas, conteúdo inadequado, discurso de ódio, ou o gancho com polêmicas sérias, como desastres naturais, para aumentar o engajamento. Além disso, nessas publicidades eleitorais serão incluídos o aviso de “Propaganda eleitoral” e um destaque para o CPF/CNPJ, obrigatórios para esse tipo de conteúdo.

O portal já é funcional em alguns países, incluindo Estados Unidos, Nova Zelândia, Reino Unido e nações da União Europeia, mas o Brasil será incluído no primeiro semestre de 2022.

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Apoio do Google é indispensável, diz TSE

Em 2020, a desinformação se mostrou um problema recorrente, presente tanto antes quanto depois do período eleitoral, explicou a secretária-geral da presidência do TSE, Aline Osório. Por isso, o órgão atua constantemente no fortalecimento do processo eleitoral — e, com o Google, essas ações dever ir ainda mais longe.

A ideia do tribunal responsável por organizar e fiscalizar as eleições no Brasil é combater a desinformação com informação de qualidade, e usar recursos para fortalecer órgãos do Estado, cidadãos e jornalistas. “As eleições não serão um período fácil”, pontuou Osório. “Jamais conseguiremos acabar com a desinformação, elas continuarão circulando com força através de diferentes meios”, completou.