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Fundador do Silk Road vende NFT por R$ 33 milhões direto da prisão

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 13 de Dezembro de 2021 às 17h29

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Fundador do Silk Road vende NFT por R$ 33 milhões direto da prisão
Fundador do Silk Road vende NFT por R$ 33 milhões direto da prisão

O criador do controverso marketplace Silk Road, Ross Ulbricht, conseguiu vender um token não fungível (NFT) por US$ 6 milhões (R$ 33,6 milhões) diretamente da cadeia. Uma instituição criada para levantar fundos para Ulbricht (chamada FreeRossDAO) foi a responsável pela aquisição milionária. O DAO é uma organização autônoma descentralizada composta por investidores em criptomoedas que defendem a soltura do fundador da página.

Conforme representantes da organização, a compra do NFT não libertará Ross, mas pode ajudar a percorrer o "longo caminho na busca por justiça". Ross foi condenado a prisão perpétua e está isolado da sociedade desde 2013, mas a DAO considera a sentença desproporcional porque o desenvolvedor é réu primário e jamais teria usado da violência.

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O Silk Road é um site de comércio eletrônico da deep web no qual usuários podem comprar e vender de tudo, inclusive drogas, cartões de crédito, dados pessoais e vários outros produtos ilícitos via criptomoedas. Em razão de toda essa liberdade, o criador da página acabou condenado solidariamente por todos os crimes praticados no seu sistema, que usava das moedas virtuais para evitar o rastreamento de autoridades.

O DAO foi fundado em novembro, quando a coleção "Gênesis", de Ulbricht, foi anunciada. Os arquivos comercializados incluem manuscritos do profissional, bem como artes criadas por ele a lápis desde quando ainda era criança até os dias atuais, quando se encontra encarcerado.

Origem duvidosa dos NFTs

Por enquanto, não dá para saber se os itens anunciados são realmente produzidos pelo fundador do Silk Road nem se foi o próprio que disponibilizou a venda. A verdade é que a maioria dos países não permite ao preso ter acesso à internet ou celulares — alguns até possuem bloqueador de sinais. Em se tratando de um criminoso tão famoso condenado à prisão perpétua, é no mínimo estranho que consiga operar tantas transações sem que ninguém notasse.

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Segundo a Newsweek, algumas cadeias dos Estados Unidos até aceitam que presos usem tablets disponibilizados pelo sistema penitenciário, mas os interessados precisam pagar por cada atividade: um e-mail custa 25 centavos de dólar, enquanto uma mensagem de vídeo saia por 75 centavos. Em outubro, a Rádio Pública da Carolina do Norte informou que os presos recebiam cópias das cartas em vez das próprias notas manuscritas, e que o envio de uma única mensagem custava 99 centavos.

Caso consiga usar o dinheiro para pagar bons advogados e obter a liberdade, Ross Ulbricht poderia usufruir da riqueza assim que colocasse os pés fora do sistema penitenciário. Dado o histórico do desenvolvedor seria possível que um Silk Road 2.0 viesse por aí, possivelmente com comércio de NFTs, mas ainda é cedo para afirmar algo.

Fonte: Blockworks, Genesis Collection