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Francês gera discussões ao tentar transmitir a própria morte no Facebook

Por| 09 de Setembro de 2020 às 22h40

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Kon Karampelas/Unsplash
Kon Karampelas/Unsplash
Tudo sobre Facebook

No último sábado (5), um caso gerou controvérsias no Facebook: o francês Alain Cocq, de 57 anos, tinha um plano fora do convencional, de deixar de comer e se medicar; e transmitir ao vivo o momento de sua morte. No entanto, o homem teve a sua conta bloqueada pela rede social em questão.

O francês sofre de uma doença que faz com que as paredes das suas artérias fiquem grudadas, dificultando o fluxo sanguíneo. Em um post no Facebook no sábado, Cocq anunciou que havia terminado sua "última refeição", dizendo que recusaria comida, bebida e remédios até morrer.

Em resposta à tentativa de transmitir seus últimos dias ao vivo, o Facebook disse o seguinte: "Apesar de respeitarmos a decisão de Cocq, seguindo o conselho de especialistas, nós tomamos medidas para impedir a transmissão ao vivo da conta de Alain. Nossas regras não permitem que nós transmitamos tentativas de suicídio", disse um porta-voz da rede social. Ele ainda chegou a fazer uma apelação aos seus seguidores no Facebook que fizessem uma campanha para que a empresa mudasse seu posicionamento.

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Na segunda-feira (7), Cocq foi internado em um hospital na cidade de Dijon. Ele contou que teria permissão para voltar para casa nos próximos 10 dias, onde estaria sob a supervisão de uma equipe médica.

Eutanásia

Cocq já tinha recorrido ao governo francês em busca de eutanásia, algo que é ilegal no país. Cocq chegou a fazer uma carta pedindo para morrer com "dignidade", mas o presidente da França respondeu, na ocasião, que não poderia permitir a eutanásia pois isso estaria passando por cima das leis do país.

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Em 2019, o Tribunal Supremo da França permitiu que os médicos desligassem as máquinas que mantinham vivo o paciente tetraplégico Vincent Lambert, de 42 anos. Isso porque ele estava há 10 anos em estado vegetativo depois de sofrer um acidente de trânsito. Atualmente, alguns países como Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Canadá e Colômbia têm leis que permitem a eutanásia.

Fonte: BBC News