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Empresa chinesa organiza "feirão de empregos" no metaverso

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 09 de Março de 2022 às 15h30

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Reprodução/Handout
Reprodução/Handout

O Shanghai Data Exchange, serviço estatal chinês, lançou um programa de recrutamento no qual os candidatos podem enviar currículos no metaverso. A companhia espera contratar cerca de 150 pessoas para ocupar as vagas em aberto em nove departamentos, inclusive nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de produtos, gerenciamento de risco e marketing.

O processo seletivo, chamado Metaverse Global Recruitment, é aberto a pessoas do mundo todo e deve se encerrar em 14 de março de 2022. Além dos critérios objetivos da vaga — e de precisar falar chinês —, a metodologia para seleção é um tanto quanto peculiar e tem tudo a ver com o metaverso.

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Assim que entra no sistema, os candidatos adotam o avatar de um nome de terno preto, que deve andar pelo ambiente até encontrar o recrutador do departamento desejado. Não é possível interagir com outros candidatos nem com recrutadores humanos enquanto estão no ambiente digital. O avatar não pode ter o gênero nem as características físicas alteradas durante o processo.

Segundo a companhia, os candidatos que decidirem compartilhar o programa nas redes sociais ainda poderão ganhar um "colecionável digital", a versão chinesa de um token não fungível (NFT), já que as moedas e ativos digitais são proibidos no país.

Trabalho no metaverso

Até onde se sabe, essa é a primeira seleção feita inteiramente no metaverso e com enfoque para trabalhos por lá. É possível que outras empresas se inspirem na ideia do Shanghai Data Exchange e passem a conduzir suas contratações no mundo digital.

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O metaverso é um tópico popular (e polêmico) na China, com mobilização maciça de políticos, legisladores e consultores políticos do país. A mídia estatal fala há tempos sobre a necessidade de debater esse conceito, pois a evolução tecnológica deve colocá-lo no centro das atenções nos próximos anos.

As propostas por lá ainda são bastante divergentes. De um lado, há quem diga que Pequim deve criar um centro de pesquisa e desenvolvimento para liderar o setor e ajudar a tornar um expoente mundial no segmento. Do outro, defende-se que o governo deve ficar de fora e apenas financiar empresas para torná-las competitivas com o ocidente.

Por ser um tema relativamente novo, ainda não se sabe qual postura o Partido Comunista Chinês adotará. A única certeza é que será impossível frear este movimento, porque já existe uma corrida no mercado para patentear soluções relacionadas ao metaverso. Segundo dados do órgão regulador da propriedade intelectual na China, o número de pedidos de marcas dobrou para quase 16 mil nos dois primeiros meses do ano.

Fonte: Shanghai Data Exchange