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De novo na vanguarda, produtoras pornôs adotam a febre do NFT

Por| Editado por Jones Oliveira | 25 de Março de 2021 às 09h35

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Reprodução/Consequence of Sound
Reprodução/Consequence of Sound

A sigla NFT, que em inglês significa Non-fungible token (ou Token não fungível, na tradução livre), é a nova mania em meio às transações financeiras eletrônicas no mundo, sobretudo entre artistas, personalidades e grandes investidores. Com o uso de criptomoedas e do blockchain, as pessoas podem fazer lances para adquirir itens em leilão, que geralmente são artigos de luxo ou de enorme raridade. Mais recentemente, o caso mais emblemático foi do CEO do Twitter, Jack Dorsey, que vendeu o primeiro tuíte da história por US$ 2,9 milhões.

Mas, segundo o pessoal da Rolling Stone, um grupo de produtores de conteúdo que tem aderido à essa febre do NFT são atores, atrizes e empresas do ramo pornô. Segundo o site, diversos players e nomes dessa indústria têm utilizado as criptomoedas vender filmes, fotos e outros produtos por meio do NFT.

O exemplo mais famoso dentro desse ramo é o da Cryptonatrix, uma dominatrix e artista que se especializou no que ela chama de “comentário sobre acontecimentos políticos ou sociais com temas femininos". Ela faz obras pitorescas que aliam o pornô com outras artes e acontecimentos. Um de seus produtos, o “Making Vlad My Bitch”, está sendo vendido no mercado de criptomoedas Rarible por 1 Ethereum, ou US$ 1.772.

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"Muitos compradores realmente não se importam em conseguir algo no blockchain porque eles só querem se masturbar. Mas alguns deles realmente amam a ideia de possuir este token digital e serem os proprietários desta imagem especial que seu criador favorito fez", disse Cryptonatrix à Rolling Stone.

Dentro da comunidade pornô, há uma enorme luta para que as criptomoedas sejam inseridas nas transações e negociações de conteúdo por serem seguras e, de certo modo, à prova de censura. Muitas criadoras e criadores de conteúdo usam o Instagram para anunciarem seus packs, mas a ferramenta de venda, geralmente, recai sobre o OnlyFans e outras plataformas. Com o NFT, tudo acaba se tornando mais fácil.

No passado, muitas trabalhadoras do sexo adotaram as criptomoedas porque "criadores adultos historicamente tiveram problemas com censura", explica Aella, uma trabalhadora do sexo online que vendeu cerca de cinco fotos antigas nuas como NFTs por cerca de US$ 600 cada. Muitas plataformas de pagamento convencionais, como o PayPal, recusaram-se a processar transações de empresas adultas, congelando os fundos de muitas trabalhadoras do sexo.

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Fora da comunidade de criptomoedas, há muito ceticismo em torno dos NFTs e qual pode ser seu valor a longo prazo. Mas, na indústria adulta, que tem em seu histórico o pioneirismo na adoção de novas tecnologias, como a popularização dos videocassetes e da TV a cabo, isso pode ser disruptivo.

Fonte: Rolling Stone