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Criadores LGBTQ estão processando YouTube por discriminação contra a comunidade

Por| 14 de Agosto de 2019 às 15h22

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Um grupo de youtubers LGBTQ está entrando com um processo contra o YouTube, acusando a companhia de discriminação contra a comunidade. Segundo os autores da ação, os vídeos com a temática não estão sendo recomendados na plataforma, tornando difícil a monetização deste tipo de conteúdo.

A ação judicial acusa o YouTube de usar "práticas ilegais de regulação, distribuição e monetização de conteúdo que estigmatizam, restringem, bloqueiam, desmonetizam e prejudicam financeiramente os criadores e a comunicadade LGBTQ". O documento também cita as ferramentas de moderação com base em aprendizado de máquina, além dos humanos, que segmentam estes canais injustamente por conterem palavras como "bissexual", "gay" ou "transgênero" no título.

Sendo assim, o processo alega que "o YouTube está envolvido em uma conduta discriminatória, anticoncorrencial e ilegal, que prejudica uma classe de pessoas protegidas pela lei da Califórnia". Ou seja, viola as leis federais e do estado.

Entre os autores do processo estão os youtubers Brett Somers, Lindsay Amer, Chris Knight, Celso Dulay, Cameron Stiehl, Chrissy Chambers e Chase Ross. Todos já haviam denunciado as práticas do YouTube, que em junho deste ano, Mês do Orgulho, emitiu um pedido de desculpas afirmando que estava trabalhando de perto para corrigir o erro.

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Susan Wojcicki, CEO do YouTube, contou na semana passada que a plataforma não desmonetiza o conteúdo LGBT automaticamente, e que não há políticas que determinem a desmonetização de titulos de certas palavras. A executiva diz ainda que a empresa trabalha para garantir que seus algoritmos aprendam coisas justas.

"Estamos orgulhosos que tantos criadores LGBTQ escolheram o YouTube como um lugar para compartilhar suas histórias e construir uma comunidade. Todos os conteúdos em nosso site estão sujeitos às mesmas políticas. Nossas normas não tem noção de orientação sexual ou identidade de gênero e nossos sistemas não restringem ou desmonetizam vídeos com base nesses fatores ou com a inclusão de termos como "gay" ou "transgênero". Inclusive, nós temos políticas fortes proibindo discurso de ódio e rapidamente removemos conteúdos que violam nossas políticas e encerramos contas que fazem isso repetidamente", diz a gigante em comunicado oficial.

Atualmente, a plataforma de vídeos conta com duas grandes ferramentas de moderação que operam de forma independente: uma que foca na recomendação de vídeos e outra que determina se tal vídeo é apropriado para anúncios.

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Recentemente, o YouTube também se envolveu em outra polêmica quando Steven Crowder, conhecido por suas opiniões conservadoras, fez em seu canal na plataforma comentários homofóbicos contra o jornalista Carlos Maza. Nesta ocasião, a moderação do serviço disse que, mesmo sendo uma linguagem "claramente prejudicial", os vídeos não violam as políticas da empresa.

A disputa não deve chegar ao fim tão cedo enquanto o YouTube não tomar medidas que, de fato, sejam justas e satisfatórias para os criadores LGBTQ, sendo preciso uma avaliação mais profunda dos conteúdos e que a monetização seja igualitária.

Fonte: The Verge