Como comprar no AliExpress e não ser taxado
Por André Lourenti Magalhães | Editado por Bruno Salutes | 16 de Janeiro de 2022 às 20h00
Por envolver compras internacionais, surge a dúvida de como não ser taxado no AliExpress. Os pedidos enviados por outros países na plataforma de e-commerce estão sujeitos à tributação alfandegária, porém existem alguns requisitos que ajudam a isentar a cobrança de taxas na chegada dos produtos ao Brasil.
O AliExpress destaca-se pela variedade de produtos, cupons e ofertas especiais. Portanto, é uma opção interessante para fazer compras internacionais a partir de lojas com boas avaliações. Veja, a seguir, como diminuir os riscos de taxação ao comprar na plataforma.
Como comprar no AliExpress
O AliExpress (Android | iOS | Web) é um popular marketplace com vendedores nacionais e internacionais. A plataforma disponibiliza entregas para o Brasil e diferentes formas de pagamento, como boleto bancário, cartão de crédito e PayPal.
Além disso, é comum encontrar ofertas exclusivas no app e promoções temporárias. Se você deseja fazer compras com segurança na plataforma, confira o artigo a seguir com dicas e informações:
Como não ser taxado no AliExpress
1. Faça compras de até US$ 50
O Imposto de Importação é isento em remessas de valor inferior a US$ 50, contando também o valor do frete, sem fins comerciais e feitas entre duas pessoas físicas. Isso é previsto pela Portaria Nº 156 de 24 de junho de 1999 do Ministério da Fazenda. Portanto, ao navegar pela plataforma, priorize pedidos que não ultrapassem esse valor. Você pode, por exemplo, fazer a conversão de reais para dólares antes de finalizar o seu pedido.
É importante ressaltar que a isenção é aplicada quando remetente e destinatário são pessoas físicas. No AliExpress, muitas lojas internacionais são criados por pessoas jurídicas, incluindo um documento chamado “Business License” entre as informações do perfil. Nesse cenário, pedidos ainda podem ser taxados por esse motivo.
2. Use o formato de entrega padrão
O AliExpress oferece muitas opções de frete grátis, porém com maior prazo de entrega em comparação com outras opções pagas. Apesar da longa espera, utilizar essa opção de entrega por Remessa Postal Internacional, feita pelos Correios no Brasil, pode ajudar a reduzir a possibilidade de taxação.
Isso não impede, por outro lado, a cobrança de taxas postais dos próprios Correios. Quando os produtos desembarcam no Brasil, é possível que a empresa realize uma cobrança de R$ 15 para liberar a encomenda para entrega.
3. Compre em embalagens menores
Devido à quantidade de encomendas que passam pela fiscalização diariamente, nem todos os pacotes poderão ser inspecionados. Por isso, comprar em pacotes pequenos, de até 2 kg, pode ajudar a evitar a taxação. Isso não é uma garantia, porém embalagens maiores e menos discretas podem receber ser priorizadas para uma fiscalização mais detalhada.
Você pode conferir o tamanho da embalagem no próprio anúncio do AliExpress. Selecione a opção de frete para conferir as opções de entrega e, em seguida, visualize os detalhes sobre o peso e as dimensões do pacote.
4. Priorize vendedores brasileiros
Por fim, para evitar qualquer problema com impostos de importação, você pode comprar diretamente com vendedores brasileiros com lojas na plataforma. A quantidade de perfis e produtos pode ser menor, mas há garantias para conversar diretamente com a loja e condições especiais de fretes e entregas.
Durante a busca por um produto, é possível localizar entregas feitas no Brasil a partir de um selo “Do Brasil” ao lado dos anúncios. Além disso, é possível filtrar a sua pesquisa: selecione a opção “Filtros” e escolha o Brasil na opção “Local de envio”. Dessa forma, apenas resultados com entrega nacional serão exibidos.
5. Verifique a reputação de vendedores
Como em qualquer plataforma de marketplace, é muito importante comprar de perfis com boas avaliações. No caso do AliExpress, a boa reputação de vendedores pode significar que as vendas são feitas com envio da nota fiscal e toda a documentação necessária para a fiscalização, evitando problemas maiores.
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Fonte: Agência Brasil, Receita Federal