Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

4 novidades do Google Earth para preservar o Meio Ambiente

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 09 de Abril de 2023 às 14h00

Link copiado!

Reprodução/Google Earth
Reprodução/Google Earth

O Google Earth recebeu um conjunto de melhorias nos últimos anos para ter um caráter utilitário para sociedade civil e empresas. Agora, o aplicativo ganhou um sistema de timelapse com os últimos dois anos sobre a Floresta Amazônica e expandirá os alertas de emergência para populações em áreas de risco.

Essas adições mais recentes estão relacionadas à implementação de inteligência artificial e aprendizado de máquina. O foco é aplicar o conhecimento tecnológico acumulado nos últimos anos no combate a desastres naturais e em questões ambientais, como desmatamento e queimadas.

4. Timelapse do Google Earth

Continua após a publicidade

A primeira novidade apresentada pelo Google foi o chamado “Timelapse da Terra” (Earth Timelapse, em inglês), que permitirá acompanhar as mudanças nas florestas entre 2020 e 2022.

A ferramenta é integrada ao Google Earth e apresenta uma réplica digital em 3D do planeta Terra, sobre a qual são colocados os mapas. Ali é possível visualizar como a Amazônia (e outros biomas) mudaram nos últimos dois anos.

Até então, o recurso oferecia imagens comparativas entre 1984 e 2020. Esse avanço amplia a possibilidade de monitorar o avanço do desmatamento, como explicou a Diretora do Google Earth, Earth Engine & Outreach, Rebecca Moore.

Continua após a publicidade

“Com o Google Earth Timelapse, é possível oferecer uma interação mais imersiva. Há professores usando o recurso nas salas de aula, ativistas para alertar sobre questões ambientais e usuários para saber como o mundo está mudando”, explicou Moore.

Exemplos de uso do Timelapse do Earth

Um dos exemplos exibidos pela diretora mostra a área da Amacro — 32 municípios dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia — e a devastação causada pelo garimpo, pelas derrubadas de árvores e pela colonização humana.

Continua após a publicidade

Em outro caso, Moore apresentou a história do povo indígena Uru-eu-wau-wau, que precisarão defender seu território contra a invasão ilegal de fazendeiros e madeireiros. Com a ferramenta do Google, é possível notar como as áreas em volta da terra demarcada foram devastadas, mas a região habitada pelos indígenas seguiu intacta nos últimos 20 anos.

“O catálogo de imagens de satélites é comparado com o banco de dados geoespaciais, o que gera as informações para a linha do tempo. É possível notar como florestas, água, ecossistemas e agricultura mudam com o tempo”, ressaltou a diretora do Google Earth.

3. Combate às queimadas

Continua após a publicidade

O recurso Alerta SOS sobre incêndios existe desde 2017 nos Estados Unidos e em outras regiões, mas só chegou ao Brasil recentemente. Em 2021, a companhia adicionou toques de IA para subsidiar informações úteis sobre as queimadas e incêndios florestais, inclusive com alertas para moradores das regiões afetadas.

Em outubro do ano passado, o Google começou a expandir essa ferramenta para mais regiões, incluindo o Brasil. Agora, graças a uma colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a Big Tech passa a oferecer a detecção precoce de incêndios florestais e alertas de inundações.

Os alertas de incêndios conseguem identificar fogo em estágio inicial, o que possibilita uma atuação rápida do Corpo de Bombeiros. Além de obviamente evitar a queimada que elimina a fauna e a flora local, a medida pode evitar a liberação de grandes quantidades de CO2 na atmosfera.

Além disso, se ocorrer próximo a áreas habitadas, as autoridades podem agir para remover as pessoas da região. Essa medida é fundamental em locais de vegetação seca ou em períodos sem chuva, quando os focos de combustão espontânea surgem com maior frequência.

Continua após a publicidade

2. Alertas de enchentes

Ainda sobre o salvamento de vidas, o Google Earth e o Google Maps possuem recursos para emitir avisos sobre possíveis inundações. O recurso já opera em fase experimental desde o ano passado e deve ser expandido para mostrar previsões em 47 cidades até o fim do primeiro semestre de 2023.

O Google pretende otimizar a plataforma de alerta de inundações para enviar notificações para celulares Android. Dessa forma, as pessoas seriam notificadas quando houver risco na área, mesmo que não usem as aplicações da empresa.

Continua após a publicidade

O Alerta SOS será ativado em regiões onde há estado crítico de segurança, trazendo notícias e links úteis para falar com autoridades. A ferramenta fica naturalmente posicionada no topo dos resultados da Busca orgânica durante uma pesquisa sobre incidentes locais, como “enchente em [nome do local]”.

Se a consulta for feita em uma região afetada, com o uso da geolocalização do aparelho, as pessoas serão convidadas a acionar as autoridades e adotar medidas de proteção à vida. Pelo Maps, será possível visualizar regiões afetadas em tempo real. Também serão mostrados telefones úteis, links para sites e notícias sobre os acontecimentos relacionados.

O Diretor de Parcerias o Google na América Latina, Newton Neto, explica que a previsão de inundações consegue antever desastres com até 5 dias de antecedência. Isso ocorreria graças ao uso de aprendizado de máquina e inteligência artificial combinados em cálculos precisos.

Continua após a publicidade

“Nos últimos cinco meses, foram emitidos 58 alertas em seis estados brasileiros, cobrindo uma população de 4,4 milhões de pessoas”, informou o executivo.

1. Combate a derrubadas e ocupações ilegais

Outro recurso interessante é o uso da inteligência artificial para o chamado “sensoriamento remoto”. A ferramenta consegue mapear indícios de estradas ou casas em regiões de mata fechada para indicar uma potencial ação humana.

Continua após a publicidade

Segundo o Diretor Executivo do Imazon, Carlos Souza Junior, isso ajuda as autoridades a agir antes que áreas inteiras sejam devastadas ou exploradas ilegalmente. “A criação de estradas é o primeiro indício de uma ocupação humana, por isso essa ferramenta tem grande potencial preventivo”, explicou Carlos Souza.

Essa mesma tecnologia também é capaz de mapear corretamente os rios e os afloramentos rochosos. Junior explica que isso permite apresentar dados mais confiáveis sobre o efetivo desmatamento, algo que ainda era colocado em dúvida apenas com a análise humana visual.

As inovações foram apresentadas na última quarta-feira (4), durante o evento Sustentabilidade com o Google - Amazônia, realizado em Belém (PA). O Canaltech esteve no evento à convite do Google.