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Universidades e empresas se unem para criar projetos de IA no Brasil

Por| 05 de Março de 2019 às 16h58

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Universidades e empresas se unem para criar projetos de IA no Brasil
Universidades e empresas se unem para criar projetos de IA no Brasil

A Fapesp inaugurou na última terça-feira (26) o Advanced Institute for Artificial Intelligence (AI²), uma parceria entre pesquisadores de oito universidades paulistas com empresas e startups de tecnologia com o objetivo de promover a interação de estudiosos do setor de inteligência artificial para a criação de aplicações que possam ter impacto socioeconômico relevante.

Para que esse objetivo possa ser atingido, todas as instituições de ensino participantes terão uma rede de espaços de trabalho compartilhados (coworking), que serão conectados com os espaços das outras instituições a partir de um sistema de videoconferência.

De acordo com Sérgio Novaes, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e um dos idealizadores do AI², a ideia é juntar o conhecimento em pesquisa fundamental sobre inteligência artificial do meio acadêmico com a visão de mercado e aporte financeiro do setor privado, o que permitiria a criação não apenas de novas tecnologias como a de tecnologias que terão um impacto real no mundo.

Integram o projeto de forma inicial, além da Unesp, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Federal do ABC (UFABC), a Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Centro Universitário FEI e a Escola Superior de Engenharia e Gestão (Eseg). Já no setor privado, foram confirmadas as presenças da IBM, Intel, Petrobras, Grupo Fleury e Serasa Experian. Os fundadores ainda revelam que a iniciativa ainda está aberta para a participação de qualquer instituição de pesquisa, ou para novos parceiros no setor empresarial do Brasil e do exterior,

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No momento, os cientistas do AI² estão envolvidos em três linhas diferentes de pesquisas, todas financiadas por parceiros do setor privado. Enquanto um dos projetos tem como objetivo melhorar o processo de perfuração de poços de gás e petróleo e desenvolver aplicativos que identifiquem situações de risco em plataformas petrolíferas, outra linha de pesquisa está mais interessada em fomentar o uso da robótica como ferramenta educacional e estudar a relação entre homem e máquina. Já o terceiro projeto tem como objetivo acelerar o processo de simulação de colisões de partículas utilizando aprendizado de máquina — algo que se tornará importantíssimo para o estudo do Grande Colisor de Hádrons (LHC) assim que ele for atualizado (a previsão é de que isso aconteça até 2020) e o número de colisões simultâneas geradas por ele quintuplicar.

Além desses três projetos principais, a parceria com empresas privadas já está abrindo novas oportunidades de financiamento, e a Serasa Experian já anunciou que irá conceder três bolsas de pós-doutorado para pesquisas voltadas para análise de dados alternativos e tecnologia de conversação e crédito — o objetivo é não apenas entender como os consumidores escolhem um produto, mas também como eles financiam suas compras e sanam suas dívidas.

Fonte: Agência Fapesp