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Tecido muda de cor com ajuda de IA para reduzir desperdício

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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pina messina/unsplash
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Em meio a uma tentativa de tornar a moda sustentável, um laboratório de Hong Kong chamado AiDLab desenvolveu um tecido capaz de mudar de cor com o auxílio de inteligência artificial. O objetivo é diminuir o desperdício de materiais e fomentar um comportamento de "reciclagem" com as roupas.

O tecido é construído com fibras óticas poliméricas e fios de base têxtil, e pode ser iluminado em diversas tonalidades. As cores podem ser personalizadas a partir de um aplicativo, e os algoritmos de inteligência artificial ajudam a câmera a distinguir os gestos dos usuários.

Isso porque a tonalidade da roupa segue o gesto que você fizer com a mão, ou seja: pode ser programada para ficar azul se você fizer um sinal de positivo com o polegar, ou vermelha se fizer um coração com a mão. Veja como funciona no vídeo:

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Em comunicado, os responsáveis pelo material afirma que essas fibras óticas poliméricas são feitas de polimetilmetacrilato, que é reciclável, e a estrutura do tecido permite fácil separação das fibras óticas poliméricas dos fios para reciclagem.

O laboratório de inteligência artificial também garante que a sensação ao toque desse material é como a de qualquer tecido de malha comum. A expectativa do AiDLab é que um dia essa tecnologia seja comercializada, mas por enquanto está apenas em exibição em instalações em shoppings e outros locais em Hong Kong.

Moda e tecnologia

Não é a primeira vez que a moda e a tecnologia se unem para surpreender. Em 2021, pesquisadores do MIT, nos EUA, criaram um tecido que pode “sentir” e responder ao movimento dos usuários. O material detecta o quanto está sendo esticado ou comprimido, dando um feedback tátil em forma de pressão, alongamento lateral ou vibração.

Ainda em 2021, cientistas da Universidade de Fundan, na China, criaram um tecido inteligente que pode se conectar ao cérebro. Como uma confecção têxtil tradicional, o material pode ser lavado e reutilizado sem a preocupação de destruí-la pelo desgaste ou contato com a água.

Já neste ano, pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Pesquisa em Microssistemas Fotônicos (IPMS) desenvolveram um novo dispositivo que usa espectroscopia para revelar a composição de tecidos, com o auxílio de IA e uma câmera de celular.

Fonte: Reuters