Taylor Swift revolta a internet após usar vídeos gerados por IA com alucinações
Por Nathan Vieira • Editado por Melissa Cruz Cossetti |

A divulgação do novo álbum “The Life of a Showgirl” de Taylor Swift, que deveria ser uma celebração interativa para os fãs, acabou gerando polêmica nas redes sociais. A cantora foi acusada de usar vídeos produzidos por IA com erros visuais e “alucinações” em uma campanha global, atitude que muitos consideraram contraditória, já que Swift é uma das artistas que mais se posicionou contra o uso indevido da tecnologia na arte.
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Para promover o lançamento de seu 12º álbum, Taylor Swift lançou uma caça ao tesouro mundial em parceria com o Google. O desafio envolvia encontrar 12 portas laranja em 12 cidades diferentes, de Nova York a Paris, cada uma com um QR code que desbloqueava vídeos secretos. Os fãs precisavam assistir aos clipes e juntar pistas até revelar uma mensagem final.
Entretanto, o entusiasmo inicial logo deu lugar à desconfiança. Internautas começaram a apontar falhas visuais nos vídeos, como dedos que se fundem a objetos, letras faltando em livros e distorções em detalhes da arquitetura, sinais típicos de imagens geradas por IA.
Os vídeos, que mostram bares e ambientes Art Nouveau, exibiam “glitches” e proporções estranhas, levando fãs a acusarem Swift de usar tecnologia artificial na criação do material promocional.
Swifties divididos e acusação de hipocrisia
Nas redes sociais, o debate foi intenso. Enquanto alguns fãs defenderam o uso experimental da IA, outros criticaram o que chamaram de “hipocrisia”. A cantora já havia se manifestado contra deepfakes e manipulações digitais, especialmente após a circulação de imagens falsas associando-a a apoio político indevido.
“Para alguém que sempre falou sobre o valor do trabalho criativo humano, isso é decepcionante”, escreveu um usuário no Reddit. Outro comentou: “Ela é rica demais para precisar recorrer à IA”.
A situação ganhou ainda mais peso por ocorrer no contexto de disputas judiciais entre gravadoras e empresas de tecnologia sobre o uso de obras protegidas em treinamentos de modelos de IA. Enquanto isso, situações mais extremas, como cantoras criadas totalmente por IA, rendem ainda mais discussão atualmente.
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Fonte: Tech Crunch