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Startup oferece IA para namoro no Japão

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Upklyak/Freepik
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Uma pequena startup japonesa está revolucionando o mundo dos aplicativos de namoro ao introduzir interações exclusivamente com inteligência artificial. O Loverse, criado há um ano pela Samansa Co., se apresenta como uma opção para combater a solidão e já conta com mais de 5 mil usuários que procuram uma alternativa para os relacionamentos humanos.

O Japão enfrenta uma crise de relacionamentos, especialmente entre os mais jovens. Dados do governo indicam que dois terços dos homens na casa dos 20 anos estão solteiros e 40% nunca tiveram um encontro. Para as mulheres, esses números são 51% e 25%, respectivamente.

IA Loverse

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Ao portal Bloomberg, o criador do Loverse, Goki Kusunoki, explicou que o aplicativo foi projetado para ser uma alternativa, não um substituto, para os relacionamentos reais.

“Nosso objetivo é criar oportunidades para as pessoas encontrarem o verdadeiro amor, quando não conseguem encontrá-lo no mundo real”, afirmou o criador da IA.

Kusunoki levantou ¥ 30 milhões (cerca de R$ 1 milhão) para expandir o elenco de personagens e atrair um público mais diverso, incluindo mulheres e a comunidade LGBTQIA+.

Segundo o CEO da empresa de marketing Infinity com sede em Tóquio, Megumi Ushikubo, há uma percepção comum no Japão de que os relacionamentos românticos exigem um investimento financeiro e emocional que muitos consideram não valer a pena.

Nesse contexto, o Loverse pode ser visto como uma oportunidade de treinamento para a comunicação interpessoal. Além disso, a segurança emocional oferecida por um relacionamento com IA, onde não há risco de ciúmes ou desentendimentos duradouros, é vista como um benefício significativo.

Por outro lado, o Loverse ainda enfrenta desafios para replicar plenamente a complexidade das interações humanas. Há relatos de usuários que abandonaram o aplicativo após encontrar personalidades estereotipadas e previsíveis.

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A solução da startup lembra a trama do filme Ela, em que um usuário usa uma assistente virtual para lidar com a solidão e acaba se apaixonando pela IA. O nome da startup, Samansa, é uma referência à voz da personagem Samantha, dublada pela atriz Scarlett Johansson no longa de 2013.

Fonte: Bloomberg