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Microsoft usa IA em plataforma para proteger a Amazônia do desmatamento

Por| Editado por Claudio Yuge | 04 de Agosto de 2021 às 22h20

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Foi lançado nesta quarta-feira (4) o PrevisIA, nova ferramenta que usa a inteligência artificial para ajudar a proteger a Amazônia contra o desmatamento e focos de incêndio. A solução, que pode ser usada por qualquer pessoa, analisa dados como topografia, cobertura do solo e estradas ilegais de uma região para identificar possíveis tendências de mudança no uso do solo e pode ser usada para que agentes públicos programem ações de combate e prevenção.

O PrevisIA é fruto de uma parceria entre o Fundo Vale, associação civil sem fins lucrativos mantida pela Vale, a Microsoft e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Inicialmente, a ferramenta deve ajudar a proteger a região amazônica durante a estação de seca, que este ano se iniciou no mês de junho.

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Entre os dados analisados pelo sistema estão topografia, cobertura do solo, infraestrutura urbana, estradas oficiais e não oficiais e dados socioeconômicos. O objetivo é identificar possíveis tendências de conversão da floresta por desmatamento e identificar os diferentes tipos de territórios ameaçados por ele, incluindo Terras Indígenas e Unidades de Conservação.

Democratização do acesso

Todas as informações coletadas serão divulgadas publicamente em um painel de controle, podendo ser consultadas pelos cidadãos e usadas por órgão públicos para o planejamento e a execução de ações preventivas, de combate e controle ao desmatamento. O Imazon planeja realizar um trabalho de engajamento com diferentes audiências para explicar os benefícios da ferramenta e como ela pode beneficiar a região.

Confira alguns dados informados no PrevisIA:

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  • 9.635 km² sob risco de desmatamento em 2021;
  • 192 municípios com áreas sob risco alto ou muito alto de desmatamento;
  • 48 terras indígenas com áreas sob risco alto ou muito alto de desmatamento;
  • 18 unidades de conservação com áreas sob risco alto ou muito alto de desmatamento;
  • 2 territórios quilombolas com áreas sob risco alto ou muito alto de desmatamento;
  • 789 assentamentos rurais com áreas sob risco alto ou muito alto de desmatamento.

“O grande avanço deste projeto foi democratizar o acesso a recursos avançados de Tecnologia da Informação para facilitar o engajamento de diversos usuários na prevenção e controle do desmatamento da Amazônia”, explica Carlos Souza Jr., pesquisador associado do Imazon. A iniciativa faz parte dos esforços da Vale para se tornar carbono neutra até 2050, em esforços que também envolvem a recuperação e proteção de 500 mil hectares de mata nativa — que serão somados aos 1 milhão de hectares de florestas que a empresa ajuda a proteger ao redor do mundo.

Segundo Patrícia Daros, diretora de Operações do Fundo Vale, a inteligência artificial também pode ajudar a avaliar áreas de restauração florestal ou que tenham vulnerabilidade ao fogo. O sistema usa imagens de satélite da European Space Agency e tecnologias da Microsoft, que aposta em uma combinação de padrões precisos, incentivos econômicos reais e medições baseados em métodos eficazes em seus esforços para preservar a biodiversidade mundial e também tornar suas operações carbono-neutras.