IA pode ser peça-chave no combate à disseminação da COVID-19
Por Wagner Wakka |
Empresas de tecnologia estão se reunindo para discutir sobre como podem trabalhar para ajudar na contenção da COVID-19. Na semana passada, executivos da Amazon, Google, Microsoft, Apple, Facebook tiveram reunião com a Casa Branca para adotar medidas conjuntas. As primeiras já foram a mudança de postura em redes sociais, mas as gigantes querem usar também inteligência artificial no processo.
O foco está em levantamento de dados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ferramentas de big data e automação de dados foram cruciais para que a China pudesse tentar controlar a propagação do vírus da COVID-19.
Uma das primeiras iniciativas neste sentido divulgadas pelo Facebook foi fornecer dados para pesquisas sobre o tema em universidades. A empresa está trabalhando com a School of Public Health, de Harvard, e a National Tsing Hua University, em Taiwan, compartilhando dados de mobilidade de forma anônima e mapas de densidade populacional. O objetivo é “ajudar em modelos de previsão para a disseminação do vírus”, informa a companhia.
Além disso, as empresas também estão colaborando com inteligência artificial para criar possíveis remédios, se não contra o SARS-CoV-19, o vírus da doença, ao menos para amenizar os sintomas para diminuir riscos.
Uma companhia chamada Excienta, do Reino Unido, já criou a primeira droga, que ainda está em testes, com auxílio de algorítimos de inteligência artificial. No total, foram 12 meses de desenvolvimento, contra a média de 5 anos convencionais.
O sistema também pode ser usado não só para criar vacinas e antivirais para a COVID-19, mas também buscar em drogas existentes se é possível chegar a alguma variação que funcione neste caso.
Por fim, a inteligência artificial também pode ajudar a manter os ambientes limpos usando robôs. Existe uma série de aparelhos automatizados para limpeza que podem fazer o serviço de modo mais seguro. Robôs podem ser usados para limpar hospitais e ambientes públicos, sem colocar pessoas em risco para fazer o trabalho.