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Personalizar o gosto de comida impressa em 3D é possível? Estudo indica que sim

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 18 de Maio de 2022 às 20h00

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twenty20photos/Envato
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Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, trabalham no desenvolvimento de uma nova técnica que permite a personalização de alimentos impressos em 3D. O sistema possibilita a adequação de texturas e ingredientes de acordo com as preferências do usuário.

Segundo os cientistas, essa tecnologia facilita a criação e a impressão de pratos únicos, adaptados às propriedades mecânicas de cada produto para obter alimentos visualmente mais atraentes e com sabores semelhantes aos encontrados nas comidas fabricadas por meio de técnicas convencionais de preparo.

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“As pessoas consomem uma comida porque simplesmente gostam dela. A personalização dos alimentos, no que diz respeito aos ingredientes utilizados e à forma e propriedades sensoriais resultantes, contribui para a experiência alimentar e saúde do consumidor”, explica o doutorando em engenharia de alimentos Nicky Jonkers, autor principal do estudo.

Sinterização Seletiva

Em seu projeto de doutorado, Jonkers pesquisou o comportamento mecânico dos alimentos para personalizar as propriedades de textura de vários tipos de produtos. A ideia era criar unidades distintas quanto à aparência e ao sabor, seguindo instruções predefinidas como em uma receita de bolo.

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Para conseguir o resultado desejado, ele usou uma técnica de impressão 3D relativamente nova no mercado conhecida como Sinterização Seletiva a Laser (SLS), que permite fundir diversas partículas em pó utilizando um laser de alta resolução espacial.

“Na impressão 3D, a construção de um produto se baseia na deposição camada a camada do material. Além de criar pratos atraentes e únicos, essa técnica pode ser usada para adaptar propriedades mecânicas dos produtos, influenciando sua estrutura em diferentes escalas de comprimento”, acrescenta Jonkers.

Experiência sensorial

Ao imprimir os alimentos, o objetivo dos pesquisadores era obter propriedades de textura que definissem a experiência sensorial do ato de comer. Com esse sistema de customização, eles conseguiram criar produtos alimentícios diretamente ligados ao paladar único de cada pessoa.

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Alterando as condições e os ingredientes no processo de sinterização seletiva, os cientistas mudaram também a microestrutura e as propriedades mecânicas dos alimentos, permitindo uma personalização total da percepção sensorial em diferentes tipos de texturas.

“Com este modelo preditivo podemos projetar produtos alimentícios reais, com propriedades facilmente variadas. Pense em um biscoito em que sua segunda mordida é completamente diferente da primeira. Pelo design específico de alimentos e por poder fazê-los com impressão 3D, novas experiências gastronômicas poderão ser criadas no futuro”, encerra Nicky Jonkers.