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Substituto do plástico mata bactérias e prolonga vida útil de alimentos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 23 de Janeiro de 2022 às 14h00

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Reprodução/NTU
Reprodução/NTU

Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Cingapura, em pareceria com a Escola de Saúde Pública Harvard TH Chan, nos EUA, desenvolveram um novo tipo de embalagem inteligente e biodegradável que mata os micróbios prejudiciais à saúde dos seres humanos.

Segundo os cientistas, o material inovador consegue eliminar organismos perigosos como bactérias E.coli, Salmonela e Listeria, permitindo que alimentos perecíveis como carne vermelha, peixes, frutas e legumes permaneçam conservados por muito mais tempo sem perder a qualidade nutritiva.

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“Uma das maneiras mais eficientes de aumentar a segurança alimentar e reduzir a deterioração e o desperdício é desenvolver materiais de embalagem de alimentos não tóxicos eficientes e biodegradáveis, que possam ser usados em larga escala pela indústria”, explica o professor de nanotecnologia Philip Demokritou, coautor do estudo.

No lugar do plástico

A embalagem à prova d'água é feita de uma proteína do milho chamada zeína, amido e outros biopolímeros de origem orgânica, infundidos em um coquetel de compostos antimicrobianos naturais como óleo de tomilho e ácido cítrico, comumente encontrado em frutas como limão e laranja.

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Quando expostas a um aumento de umidade ou enzimas de bactérias nocivas, as fibras do invólucro liberam pequenas quantidades desses compostos antimicrobianos naturais. Isso garante uma durabilidade maior da embalagem, fazendo com que ela possa suportar várias exposições sem degradar.

"Como os compostos combatem qualquer bactéria que cresça na superfície da embalagem, bem como no próprio produto alimentício, eles podem ser usados em uma grande variedade de produtos, incluindo alimentos prontos industrializados, carnes cruas, frutas e vegetais frescos", acrescenta Demokritou.

Conservação inteligente

Nos testes realizados em laboratório, os morangos embrulhados na embalagem inteligente permaneceram saudáveis por sete dias, antes de apresentarem os primeiros sinais de mofo. Em comparação com as frutas mantidas em caixas plásticas convencionais, o tempo de conservação foi de apenas quatro dias.

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Outra vantagem é que a liberação dos compostos antimicrobianos ocorre apenas quando bactérias ou umidade elevada estão presentes, fornecendo proteção somente quando necessário. Essa característica minimiza o uso de produtos químicos, preservando a composição natural dos alimentos embalados.

“O desenvolvimento de plataformas escaláveis, com embalagens compostas por biopolímeros biodegradáveis e antimicrobianos inspirados na natureza, atenderão às necessidades sociais emergentes para reduzir o desperdício de comida e melhorar a segurança alimentar do planeta”, encerra o professor Philip Demokritou.

Fonte: NTU