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Rússia testa mísseis 9 vezes mais rápidos que a velocidade do som

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 01 de Junho de 2022 às 10h03

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Reprodução/Handout
Reprodução/Handout

O Ministério de Defesa da Rússia testou com sucesso um novo míssil de cruzeiro hipersônico chamado Zircon. Também conhecido como 3M22, o armamento teria percorrido uma distância de aproximadamente mil quilômetros entre o Mar de Barents e o Mar Branco.

Segundo as autoridades russas, o míssil foi disparado da fragata Amiral Gorchkov — uma das mais modernas do arsenal de Vladimir Putin — que tem sido constantemente usada para demonstrar o poder bélico das forças armadas da Rússia durante a guerra contra a Ucrânia.

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O Zircon foi projetado para ser um míssil de cruzeiro antinavio, capaz de percorrer longas distâncias em um curto espaço de tempo. Essa arma possui um sistema de orientação que consegue guiá-la até embarcações em alto-mar levando uma grande quantidade de material explosivo.

Mach 9

Um míssil hipersônico como o Kinzhal — usado pelo exército russo contra alvos na Ucrânia — consegue ultrapassar facilmente a velocidade do som (~1.235 km/h). Já o Zircon é capaz de atingir Mach 9 (nove vezes a velocidade do som), voando a uma altitude de 30 a 40 quilômetros.

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Como a essa altura a resistência do ar é bem mais baixa, esse míssil balístico hipersônico consegue romper a barreira do som com facilidade, atingindo alvos estáticos ou móveis, com um alcance superior a 1.000 km de distância em apenas alguns minutos.

Com essa velocidade, o armamento se torna inacessível aos sistemas de defesa de outros países. De acordo com as autoridades russas, é praticamente impossível se proteger do míssil, ou até mesmo detectar o seu lançamento via radar, com tempo suficiente para evitar o bombardeio.

Mobilidade

Outra vantagem do Zircon é que esse míssil pode ser lançado tanto de um navio de superfície quanto de um submarino, segundo o exército russo. Essa característica torna o hipersônico extremamente versátil, podendo ser adaptado às condições do terreno e situações de combate variadas.

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Uma desvantagem é que o Zircon é um míssil incrivelmente caro, com custo estimado em US$ 210 milhões (R$ 995 milhões na cotação atual) por unidade. Para se ter uma ideia, cada míssil de cruzeiro Tomahawk — projetado para atacar navios e porta-aviões — custa cerca de US$ 5 milhões (R$ 24 milhões).

Embora essas armas ainda estejam em desenvolvimento — especialistas acreditam que não estarão prontas para uso até o final deste ano — elas têm a capacidade de mudar significativamente o curso da guerra na Ucrânia e a posição da Rússia como potência bélica diante de outros países.

Fonte: Newsweek