Robô com cara de bebê veste um jetpack e torna-se o primeiro humanoide a voar
Por Nathan Vieira |
Um robô com rosto de bebê e um jetpack nas costas acaba de entrar para a história como o primeiro humanoide a realizar um voo vertical com sucesso. Chamado de iRonCub MK3, o robô foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto Italiano di Tecnologia (IIT) e se destacou ao decolar com a ajuda de quatro propulsores — dois no lugar dos braços e dois em uma mochila acoplada às costas. A façanha foi registrada em vídeo e publicada no canal do IIT no YouTube no último dia 18.
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O iRonCub MK3 é baseado na plataforma iCub, um robô humanoide de 1 metro de altura e 22 kg, com aparência infantil e um rosto liso e brilhante que lembra um bebê. Os detalhes sobre a inovação foram publicados em um artigo da ArXiv no início de junho.
Criado originalmente em 2009 por um consórcio europeu para estudar cognição humana e inteligência artificial, o iCub foi adaptado para voar com uma série de modificações estruturais. Para suportar o jetpack e os propulsores, a equipe do IIT adicionou suportes especiais e uma nova espinha de titânio ao robô:
Como versões anteriores sofreram com superaquecimento, foram incorporados painéis e coberturas resistentes ao calor, protegendo a estrutura do robô contra temperaturas que ultrapassam 600 °C.
Características do iRonCub MK3
A versão atual não possui antebraços nem mãos, que foram removidos para acomodar os propulsores, mas esses componentes são compatíveis e devem ser reintegrados em versões futuras.
A coordenação dos movimentos e dos jatos de propulsão é feita por um sistema avançado de controle chamado Model Predictive Control (MPC), que calcula em tempo real a posição ideal das articulações e da potência dos jatos.
Os testes começaram em simulações e, após muitas análises de segurança, incluindo simulações com o Método dos Elementos Finitos (FEM, uma técnica matemática e computacional utilizada para resolver problemas complexos de engenharia e física), o robô om cara de bebê finalmente decolou com estabilidade. O próximo desafio da equipe é prepará-lo para voos em ambientes com vento e condições climáticas adversas.
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