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Original amplia o uso da tecnologia de reconhecimento facial para o PIX

Por| 19 de Setembro de 2020 às 21h30

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(Imagem: Reprodução/Pixabay)
(Imagem: Reprodução/Pixabay)

O Banco Original anunciou nesta semana que utilizará a sua solução de reconhecimento facial para a validar transferências e pagamentos no PIX, plataforma desenvolvida pelo Banco Central (BC) para estas e outras operações e que entra em funcionamento em novembro deste ano.

Além do Pix, a instituição afirmou que ainda o seu reconhecimento facial também funcionará para validar transações de altos valores, além de prevenção de fraudes. Segundo o Original, a solução permite que o cliente tenha mais segurança ao realizar operações como TED e pagamentos de contas, bem como será uma das ferramentas mais importantes para a massificação de uso do sistema do BC no futuro próximo.

"O uso da ferramenta será ainda um importante aliado no sistema de pagamentos instantâneos", explica Leandro Bartolassi, Superintendente Executivo de Segurança Corporativado Banco Original. "No Original, será possível a realização de PIX de alto valor usando a biometria facial como confirmação dupla, garantindo mais segurança e facilidade para o consumidor”.

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O uso de soluções biométricas, inclusive, vem se tornando um padrão na instituição:“Temos trabalhado intensamente nesse modelo, que traz muito mais segurança do que as tradicionais senhas. A tecnologia permite realizar um mapeamento do rosto do cliente que é verificado com os dados armazenados. Havendo similaridade, a transação é liberada", explica Bartolassi. "Outro ponto interessante é que [a tecnologia] permite o reconhecimento do cliente mesmo com máscara, o que facilita muito no contexto atual".

A biometria facial também já é utilizada em operações cotidianas no Original, como transferências via TED, TEF e pagamentos. Além disso, a ferramenta faz a autenticação e a validação para a abertura de conta, realização de transações utilizando movimentos básicos como sorrir, piscar, mover o rosto de um lado para o outro.

Custos menores

Um maior desenvolvimento dessas tecnologias representa para o Original uma diminuição nos custos em suas operações.Tanto o banco, a partir de uma divisão de Bank as a Service (BaaS), quanto a carteira digital PicPay (cujo Original é o controlador), têm um time liderado pelo britânico Isaac Ben-Akiva, que tem ampliado o uso de Inteligência Artificial em seus negócios. E isso tende a impactar na redução de gastos.

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"Esse tipo de automação, em termos de custos, permite uma redução de até 70% no número de funcionários que ficariam dedicados apenas a funções mecanizadas, como abrir contas", declarou Bartolassi. "Hoje, 80% das nossas contas são abertas sem interferências humanas e podemos dedicar nossos funcionários para tarefas mais estratégicas, inclusive no atendimento aos nossos clientes", completa.

Inteligência Artificial no Pix

Atualmente, fintechs, bancos tradicionais e carteiras digitais vem realizando o pré-cadastro de seus clientes no Pix. Ou seja, nesse processo, os usuários poderão escolher que chaves de identificação eles usarão para realizar as transações na plataforma do BC. E o Original é a fintech que vem usando o método mais interessante para se comunicar com seus clientes a respeito do procedimento.

Por meio de seu bot de atendimento, ela vem utilizando Inteligência Artificial para conversar com os correntistas sobre o pré-cadastro do Pix, oferecendo informações relevantes sobre a plataforma e tirando eventuais dúvidas - além de realizar o registro de intenção, claro. "O maior desafio do PIX para os próximos meses é a comunicação, como informar a população em geral a respeito da plataforma", declarou ao Canaltech Raul Moreira, diretor executivo de TI, Produtos, Open Banking e Operações do Banco Original. "A população quer conversar com alguém, entender o Pix de forma mais interativa e compreender a questão das transferências instantâneas, como cadastrar celular, e-mail, CPF, etc. E a nossa Inteligência Artificial pode cumprir esse papel".

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O bot de atendimento do Original interage com os clientes para o pré-cadastro das chaves do Pix por meio do WhatsApp, FB Messenger e o chat presente no app do banco. Além de tirar dúvidas e realizar o registro de intenção, a ideia é que o bot volte a abordar os clientes no dia 05 de outubro para confirmar se ele quer transformar a intenção no registro de chaves de modo efetivo. Para isso, ele precisa apenas apertar o botão de "OK, confirmo" para finalizar a operação.

Ainda de acordo com Moreira, quase 600 mil clientes do Original já fizeram as interações com o bot do banco para realizar o procedimento. O balanço final do número de clientes que concordou com o pré-cadastro será divulgado no final de setembro.

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Biometria facial no PicPay

No último dia 27 de maio, o PicPay anunciou o lançamento do pagamento por meio do reconhecimento facial, se tornando a primeira fintech a oferecer o recurso no Brasil. A solução vinha sendo desenvolvida desde o começo do ano e o objetivo é atingir a base de 20 milhões de usuários da plataforma de carteira digital. O investimento para a criação desta solução não foi divulgado.

O pagamento por meio do reconhecimento facial chegará ao público após o fim da quarentena, inicialmente em São Paulo. Para testar a tecnologia, o primeiro local de uso será no novo endereço do Banco Original, controlador do PicPay. Agora com sede no Brooklin, zona sul da capital paulista, a instituição implementou a solução em um café que leva o seu nome. Lá, todos os funcionários do banco poderão pagar pelo produto usando esse recurso biométrico da carteira digital - 95% dos colaboradores do banco têm uma conta no serviço.

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No café, após o caixa registrar o pedido, o usuário PicPay deve se posicionar em frente a um tablet para o reconhecimento facial. Com a confirmação imediata da identidade da pessoa, o atendente libera a cobrança direto para o aplicativo do cliente, que recebe uma notificação e precisa verificar o valor para confirmar a compra. Toda a operação dura, no máximo, 30 segundos.

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