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Novo vidro promete menos pegada de carbono e mais resistência

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Marika Vinkmann/Unsplash
Marika Vinkmann/Unsplash

A indústria de vidro é responsável por toneladas de dióxido de carbono todos os anos, e pesquisadores da The Pennsylvania State University querem reduzir esse impacto — para isso, desenvolveram um material chamado LionGlass, que promete menos energia para produzir e mais resistência a danos.

Conforme a equipe explica em um comunicado, o vidro usado em itens do dia a dia é feito pela fusão de três materiais primários: areia de quartzo, carbonato de sódio e calcário. Durante o processo de fusão do vidro, os carbonatos se decompõem em óxidos e produzem dióxido de carbono, que é liberado na atmosfera.

Mas a maior parte das emissões de CO2 vem da energia necessária para aquecer os fornos às altas temperaturas necessárias para derreter o vidro. A promessa dos cientistas é que o LionGlass leva a uma redução de aproximadamente 30% no consumo de energia em comparação com o vidro convencional.

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Novo vidro ecológico e sustentável

O objetivo dos pesquisadores envolvidos é tornar a fabricação de vidro sustentável a longo prazo. “Os humanos aprenderam a fabricar vidro há mais de 5.000 anos e, desde então, tem sido fundamental para trazer a civilização moderna", refletem os pesquisadores.

"Agora, estamos em um momento em que precisamos dela para ajudar a moldar o futuro, pois enfrentamos desafios globais, como questões ambientais, energia renovável, eficiência energética, saúde e desenvolvimento urbano. O vidro pode desempenhar um papel vital na solução desses problemas e estamos prontos para contribuir”, acrescenta a equipe.

Mais resistência e menos espessura

No comunicado, os cientistas ainda defendem que o LionGlass é pelo menos 10 vezes mais resistente a rachaduras em comparação com o vidro padrão, que, com o tempo, costuma desenvolver microfissuras ao longo da superfície. Quando um pedaço de vidro quebra, é devido a fragilidades causadas por microfissuras existentes.

“A resistência a danos é uma propriedade particularmente importante para o vidro. Pense em todas as maneiras pelas quais confiamos na força do vidro, na indústria automotiva e na indústria eletrônica, arquitetura e tecnologia de comunicação, como cabos de fibra ótica. Mesmo na área da saúde, as vacinas são armazenadas em embalagens de vidro fortes e quimicamente resistentes", apontam os envolvidos.

A expectativa do grupo é que a resistência aprimorada do LionGlass signifique que os produtos criados a partir dele possam ser mais leves, uma vez que o material pode ser significativamente mais fino.

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“Devemos ser capazes de reduzir a espessura e ainda obter o mesmo nível de resistência a danos. Se tivermos um produto mais leve, melhor ainda para o meio ambiente, porque usamos menos matéria-prima e precisamos de menos energia para produzi-lo", consta no comunicado.

Fonte: PennState