COVID-19 | Plataforma usa radiação ultravioleta para desinfectar sola de sapato
Por Nathan Vieira | 07 de Julho de 2020 às 07h05
Desde que o coronavírus passou a ser uma preocupação para a população mundial, um dos métodos utilizados como um aliado nessa luta é a radiação ultravioleta (UV). Já usada há décadas em hospitais para desinfecção, essa técnica pode ser aplicada em maior escala para a retomada da economia e a preservação de vidas. Com isso em mente, uma empresa chamada Riole lançou um equipamento que utiliza da tecnologia UV-C para ajudar no combate a vírus, germes e bactérias: o UV CLEANMAT.
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Basicamente, o produto utiliza a aplicação da tecnologia UV-C na desinfecção de sola de calçados, com um tempo de ciclo de 8 segundos, através de 2 lâmpadas com tecnologia UV-C germicidas (cuja vida útil é de 8 mil horas). Na prática, o UV CLEANMAT também conta com sensor de presença, alarme sonoro para o início, fim e interrupção de ciclo e desligamento automático, além de capacidade máxima de 200 kg. Vale apontar, também, que ele não utiliza produtos químicos.
No site da empresa, constam algumas precauções, dentre elas não olhar diretamente para a luz UV-C durante a desinfecção, não utilizar sapatos de salto alto nesse equipamento, não utilizar o equipamento com os pés descalços e, acima de tudo, evitar exposição desnecessária a luz UV-C.
Em números que demonstram a seriedade dessa tecnologia, o mercado global de equipamentos de desinfecção por UV foi avaliado em US$ 1,1 bilhão (cerca de seis bilhões de reais) em 2018, e deve atingir US$ 3,4 bilhões (aproximadamente 19 milhões de reais) até 2026, de acordo com a Allied Market Research.
UV contra o coronavírus
Na verdade, isso não é exatamente novo. Acontece que aparelhos portáteis com radiação ultravioleta já são usados para esterilizar superfícies em leitos de hospitais e até mesmo vagões do metrô. Essa técnica funciona da seguinte maneira: as lâmpadas descontaminam os ambientes eliminando vírus, bactérias e microorganismos em geral. Os testes para saber sua eficiência para a eliminação do SARS-CoV-2 ainda estão em andamento.
Em contrapartida, a radiação UV só é aplicada em ambientes quando estão desocupados, uma vez que podem trazer riscos para as células humanas (essa luz pode penetrar na pele e causar câncer, além de catarata nos olhos). Só que, com essa urgência em mente, além de desinfectar ambientes vazios, pesquisadores querem aproveitar a radiação para descontaminar até mesmo áreas ocupadas.