Caneta smart pode reproduzir qualquer cor do ambiente
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

Imagina ter uma caneta capaz de copiar e reproduzir qualquer cor presente no ambiente. É justamente essa a ideia da Colorpik, que incorpora um sensor de cores RGB junto com quatro cartuchos de tinta recarregáveis em diferentes cores básicas.
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A Colorpik funciona da seguinte maneira: o usuário simplesmente segura o sensor contra a cor a ser copiada (que pode ser uma pétala de flor, um carro, uma jaqueta ou qualquer outra coisa) e pressiona um botão para realizar a digitalização. Uma bomba dentro da caneta posteriormente mistura as tintas para reproduzir essa cor.
Sabe no Photoshop, quando você seleciona uma cor para saber qual o código? O que a caneta faz é exatamente isso.
A Colorpik vem com seis pontas diferentes (esferográfica, marcador, pincel, fonte, redonda e "agulha") que podem ser trocadas conforme desejado, e também está integrada a um app, o que permite ao usuário incorporar as cores digitalizadas em seus projetos digitais.
O aplicativo permite ao usuário ajustar a tonalidade das cores digitalizadas, para obter exatamente o que deseja. E se o usuário desejar desenhar em uma determinada cor sem ter que procurá-la ao seu redor, ele pode simplesmente digitalizá-la a partir de um menu com 199 cores diferentes.
Quando chega a caneta Colorpik?
Apesar de já estar na pré-venda pelo site, a caneta ainda faz parte de uma campanha Kickstarter, então não sabemos quando exatamente ela passa a ser produzida e a fazer parte do mercado. Supondo que a Colorpik chegue à produção, o preço estimado é de US$ 149 (o equivalente a R$ 723).
Vale lembrar que, segundo o próprio site da marca, a carga da bateria da Colorpik dura aproximadamente 15 horas em uso, e a promessa é que a recarga de cada cartucho permita o equivalente a "24 quilômetros de desenho".
Como processamos as cores?
Você sabe como o cérebro processa as cores? Um estudo publicado na revista Nature em 2021 buscou entender se a cor que uma pessoa enxerga é literalmente a mesma cor que outra pessoa vê. Na ocasião, a pesquisa trouxe a ideia de que a cor não é tão essencial para definir o que as coisas são, mas sim sobre seu provável significado.
Por exemplo: a cor não indica o tipo de fruta, mas sim se a fruta é provavelmente saborosa ou não. E para os rostos, a cor é literalmente um sinal que ajuda a identificar emoções, como raiva e constrangimento, ou até indícios de doenças.
No que diz respeito à experiência individual de cada pessoa em relação às cores, pesquisadores usaram magnetoencefalografia para monitorar campos magnéticos criados quando as células nervosas no cérebro disparam para se comunicar.
O grupo classificou a resposta a várias cores usando machine learning e decodificar a partir da atividade cerebral as cores que os participantes viram. Os resultados mostraram que cada cor está associada a um padrão distinto de atividade cerebral.
Fonte: Colorpik, Kickstarter