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Netflix atualiza infraestrutura para aguentar crescimento de usuários e títulos

Por| Editado por Jones Oliveira | 03 de Março de 2021 às 13h14

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André Magalhães/Canaltech
André Magalhães/Canaltech
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O ano de 2021 será importantíssimo para Netflix, e o motivo para isso não tem a ver apenas com o altíssimo ritmo de produções originais sendo lançadas. Nesta semana, a empresa anunciou uma grande migração em sua infraestrutura, que vai substituir a arquitetura utilizada atualmente por uma nova, mais moderna e preparada para o aumento no número de usuários e o lançamento de novas funções.

A plataforma batizada como Cosmos substituirá os sistemas legados que são usados hoje pelo serviço de streaming, chamados de Reloaded. A plataforma é usada há sete anos e, por mais que tenha capacidade de escala e crescimento, depende demais de conhecimento prévio e tem foco quase exclusivo no processamento de vídeo e áudio. De acordo com Frank San Miguel, engenheiro sênior de software da Netflix, ela poderia suportar o crescimento do serviço por muitos anos, mas, ao mesmo tempo, atrasava significativamente o lançamento de novos recursos.

San Miguel conta que, quando o sistema foi desenhado, a Netflix tinha um time pequeno de desenvolvedores — hoje, esse total mais do que triplicou, enquanto a demanda dos usuários aumentou em mais de 10 vezes. Sendo assim, valeu a pena o desenvolvimento de um novo sistema, que continua rodando a partir da nuvem da Amazon, mas tem funcionamento menos centralizado e separando os códigos relacionados à infraestrutura daqueles que regem as aplicações, principal ponto negativo da Reloaded.

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De acordo com o engenheiro, o trabalho de migração durará 2021 inteiro e, apesar de hercúleo, não será dos mais difíceis, já que a Cosmos retém muitas das dependências e microsserviços de sua antecessora, mas adiciona sistemas de trabalho com múltiplos passos e funções assíncronas que garantem mais agilidade. É o caso, por exemplo, de um subsistema chamado Stratum, voltado para recursos que exigem maior poder computacional e que trabalha de forma independente, sem interferir em outras funções.

Os trabalhos na Cosmos começaram em 2018, enquanto os desenvolvedores da Netflix já usam muitos de seus recursos desde 2019. Agora, a migração acontece de forma definitiva depois de, segundo a empresa, o sistema crescer ao redor do original até, finalmente, substitui-lo. Mesmo após a mudança, o trabalho continua, já que a ideia é que a infraestrutura continue a ser trabalhada para se tornar cada vez mais rápida e eficiente.

Fonte: Netflix