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VESA lança certificação AdaptiveSync para VRR em monitores gamer

Por| Editado por Wallace Moté | 03 de Maio de 2022 às 14h52

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Reprodução/Elijah pilchard
Reprodução/Elijah pilchard

Órgão internacional responsável por gerenciar diversas tecnologias relacionadas a telas, incluindo a conexão DisplayPort, a VESA anunciou nesta semana o lançamento de um programa de certificação para o AdaptiveSync, recurso de taxa de atualização variável (VRR).

Ainda que o protocolo fosse aberto e amplamente adotado, a organização não possuía um sistema de certificação aberto para garantir a qualidade do VRR, ficando a cargo de companhias como AMD e Nvidia estabelecer selos próprios com requisitos mínimos e diferentes níveis de recursos. A maior vantagem da nova certificação é justamente sua natureza aberta, preparada para funcionar com qualquer dispositivo compatível, independente de marcas.

Certificação AdaptiveSync para telas gamer

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O programa atende pelo nome VESA AdaptiveSync Display Compliance Test Specification, ou apenas AdaptiveSync Display CTS, e apresenta duas categorias: AdaptiveSync, preparada especificamente para monitores e displays gamer com altas taxas de atualização, e a inédita MediaSync, destinada a tornar a reprodução de conteúdo mais suave em taxas mais baixas de quadros.

Mais exigente das duas, por cobrir altas taxas de quadros e ter a baixa latência como um dos requerimentos, a AdaptiveSync requer que o monitor apresente taxa de atualização mínima de até 60 Hz, e máxima de 144 Hz ou mais. Além disso, é obrigatória a presença de Low Framerate Compensation, tecnologia responsável por sincronizar placas de vídeo e o display para evitar a quebra de quadros, o tearing.

Outros aspectos exigidos incluem requerimentos para determinados níveis de cintilação, frames pulados, sobreposição de quadros e tempo de resposta (GtG), que deve se estabelecer abaixo dos 5 ms. O valor é elevado, considerando que muitos monitores gamer modernos anunciam tempos de resposta de até 1 ms, mas os testes da VESA serão mais exigentes.

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Além de coletar uma média dos tempos de resposta observados, em vez do melhor resultado, a avaliação também será feita em ambiente com temperatura controlada entre 22,5 ℃ e 24,5 ℃, considerando que o calor afeta positivamente essa métrica, e deve atender a um máximo de 20% para overshoot e de 15% para undershoot — efeitos conhecidos como "inverse ghosting", em que rastros esbranquiçados são deixados na tela.

Todos os monitores aprovados contarão com um logo da certificação acompanhado do número que representa a taxa de atualização máxima em que o AdaptiveSync funcionará. Um ponto importante é que a certificação AdaptiveSync não avaliará as taxas de quadros em perfil de overclock disponibilizado por algumas fabricantes (ex: modo de 180 Hz em um monitor de 165 Hz). O programa somente atuará para garantir a qualidade do VRR na taxa padrão do painel.

Certificação MediaSync para reprodução de mídia

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Pensada para lidar com engasgos resultantes da reprodução de filmes e outros conteúdos com taxas de quadros menores que a atualização da tela, a certificação MediaSync é mais simples que a versão para games, mas ainda bastante exigente.

As avaliações de cintilação, overshoot e undershoot também estão presentes, mas o foco estará na sobreposição de quadros. Quando, por exemplo, um filme a 24 FPS é exibido em uma tela de 60 Hz, acontece o chamado 3:2 pulldown, em que frames pares são exibidos a cada 3 intervalos de atualização e frames ímpares a cada 2. Como consequência, o tempo de exibição de cada um varia entre 50 ms e 33 ms, respectivamente.

Com o MediaSync, os monitores deverão manter um tempo de exibição fixo, de 41 ms, com variação máxima de 1 ms entre eles, o que deve garantir uma reprodução mais suave. A organização testará todas as 10 taxas de quadros padrão para filmes e vídeos, com displays aprovados também trazendo um logo própria para esta certificação.

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O novo programa AdaptiveSync Display CTS chega para acompanhar outras certificações importantes do órgão, incluindo a DisplayHDR, a Display Mount para encaixes de base e outros acessórios, além da própria conexão DisplayPort. Vale destacar ainda que o CTS cobrirá apenas monitores e painéis com DisplayPort, já que a conexão HDMI pertence a outro órgão certificador e atende a especificações diferentes.

Fonte: VideoCardz, TechSpot