Samsung anuncia memória DDR5 de 512 GB para computação de alta demanda
Por Igor Almenara • Editado por Jones Oliveira |
A Samsung anunciou seus primeiros módulos de memória RAM com tecnologia DDR5. Módulos avançados destinados à computação de altíssima demanda logo poderiam contar com chips baseados no processo High-K Metal Gate (HKMG), que compõem esses primeiros modelos com 512 GB de capacidade.
Assim como as demais evoluções dessa tecnologia, o avanço da DDR5 se dedica ao aprimoramento da velocidade de comunicação e capacidades. Neste caso, o padrão será destinado a cargas de trabalho significativamente mais exigentes que um usuário doméstico, em máquinas responsáveis por processamento de inteligência artificial, aprendizado de máquina e análise de dados.
As memórias DDR5 prometem dobrar a performance quando comparada com o padrão atual, as populares DDR4, elevando sua velocidade para 7.200 Mbps. Segundo o TechCrunch, uma memória como essa poderia processar dois filmes de 30 GB em altíssima resolução em apenas um segundo.
Por outro lado, o processo de fabricação HKMG é responsável pela minimização da dissipação de eletricidade, algo previsto num componente com tamanha eficiência. A demanda energética deve ser maior, considerando a finalidade dos módulos anunciados pela Samsung e sua capacidade, por isso é necessário aplicar tecnologias para contenção de energia para evitar interferência ou até outros problemas mais graves.
Melhorias do HKMG
Memórias RAM, assim como outros componentes baseados em eletricidade, são suscetíveis a interferências elétricas, principalmente quando envolve processos delicados de computação avançada. O HKMG, por sua vez, é uma tecnologia utilizada em semicondutores lógicos e se trata da aplicação de um material isolante para mitigar o vazamento de corrente elétrica.
Ao mesmo tempo que evita a dissipação de energia, o HKMG também atua na otimização de consumo energético. Embora os sistemas que embarcarão os módulos DDR5 já sejam naturalmente famintos por energia, diminuir a demanda é algo crítico para manter o modelo mais sustentável. Além disso, logicamente, o gasto inteligente de energia pode implicar em maior longevidade.
Não é a primeira vez que o processo toma conta da dissipação de energia em módulos de memória. Uma das suas aplicações está nos chips Samsung GDDR6, padrão que pode equipar placas de vídeo de computadores domésticos — embora não seja tão necessário nesses cenários de baixo consumo.
Atualmente, a Samsung está enviando variações da sua linha de produtos DDR5 para consumidores interessados para que façam a devida avaliação e certificação dos produtos — o que inclui grandes fabricantes, como a Intel.
A sul-coreana espera equipar o componente em sistemas que demandam rápido processamento de informações e que demandam confiabilidade durante o trabalho. Isso se aplica em cenários como pesquisas científicas, mercado financeiro, cidades inteligentes e até direção autônoma.
Não há previsão para a chegada dos primeiros módulos DDR5 no mercado. Se a avaliação dos principais interessados correr bem, não deve demorar para que os chips sejam incluídos em projetos e logo sejam anunciados em máquinas de altíssima demanda. Entretanto, para o usuário comum, essa novidade ainda pode levar alguns anos para chegar.
Fonte: Samsung